Produção recorde de carne bovina, frango e suína reforça posição do Brasil no mercado global

O Brasil reforça sua posição como maior exportador mundial de carnes, impulsionado pela produtividade, qualidade e adoção de práticas sustentáveis na pecuária. A integração entre programas de incentivo, ações sanitárias e defesa agropecuária fortalece a cadeia produtiva e acelera o crescimento do setor.

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta que a pecuária brasileira é fundamental para o agronegócio nacional e internacional. Ele destaca o compromisso do governo com práticas sustentáveis, bem-estar animal e redução do impacto ambiental para garantir um crescimento sólido e responsável.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) implementa programas sanitários reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) e fomenta sistemas integrados de produção que contribuem para o sequestro de carbono, a saúde do solo e o aumento do bem-estar animal. Além disso, o Mapa estimula as exportações para ampliar a presença do Brasil no mercado global.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de carne bovina atingiu recorde histórico em 2024, com mais de 11 milhões de toneladas equivalente carcaça, resultado do aumento no abate de animais. No segundo trimestre de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou crescimento de 3,9% no abate de bovinos, totalizando 10,46 milhões de cabeças.

Crescimento

A produção de carne de frango superou os números de julho de 2024, mesmo com os desafios causados pela influenza aviária. O IBGE aponta crescimento de 1,1% no abate frente ao ano anterior, atingindo a melhor série histórica para o segundo trimestre.

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A produção de carne suína também cresce de forma gradual. A Conab projeta alta de 3,6% para 2026, motivada pelo aumento das exportações e expansão do consumo interno.

Para garantir o crescimento sustentável, o Mapa criou o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+). O programa inclui tecnologias para conciliar produção e equilíbrio ambiental, com foco na recuperação de pastagens, uso de biodigestores e terminação intensiva que prevê o abate de animais com menos de 24 meses. A meta é reduzir a pegada de carbono da pecuária nacional por meio da eficiência produtiva.

Em 2024, as exportações brasileiras de carnes ultrapassaram US$ 26,1 bilhões. Até setembro de 2025, o valor alcançou US$ 22,5 bilhões. Conforme dados da balança comercial do Mapa, as exportações de carne bovina in natura cresceram 55%, somando US$ 1,77 bilhão, enquanto a carne suína atingiu marca histórica de US$ 346,1 milhões, com alta de 28,6%.