O tradicional Banho de Leite da Expointer, em Esteio (RS), foi palco de um daqueles momentos que ficam gravados na memória do campo. Na disputa da categoria jovem (até 36 meses) da raça Holandesa, a vaca Cotriba Griebeler 143 Imperial roubou a cena e entrou para a história ao produzir 96,46 quilos de leite em apenas 24 horas.
O feito superou o recorde anterior, registrado pela Festleite Ferraboli 423, que havia alcançado 87 quilos na Fenasul de 2023. Agora, a nova campeã, criada por Gediel Griebeler, da Fazenda Griebeler, em Montenegro (RS), carrega o título de símbolo da produtividade e da genética apurada da pecuária leiteira gaúcha.
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Surpresa e emoção no galpão
Quando o resultado foi anunciado, o pavilhão se encheu de aplausos, flashes e um certo ar de incredulidade. O criador não escondeu o impacto.
“96 litros de leite em 24 horas. Confesso que até a gente ficou surpreso. A gente sabia do potencial dela, mas não achou que chegaria a tanto. Muito contente, contente mesmo”, disse um emocionado Gediel Griebeler, ainda com a voz embargada pelo feito.
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O episódio, portanto, mais do que números, também simboliza a força da raça Holandesa, reconhecida mundialmente não apenas pela genética refinada, mas também pela capacidade de transformar manejo e nutrição em litros abundantes de leite.
Banho simbólico, sem desperdício
A cerimônia do banho de leite, que marca a consagração dos vencedores, também chamou atenção. Entre aplausos e gargalhadas, o jorro branco que banhou a campeã carregava mais de simbolismo do que de fartura. Na mistura, havia água morna e pequenas quantidades de leite impróprio para consumo, ou seja era apenas parte do show para dar o tom festivo sem desperdício de alimento.
A vitrine da pecuária nacional
Com o novo recorde, a Cotriba Griebeler 143 Imperial se junta ao panteão de feitos que projetam a Expointer como vitrine da pecuária leiteira brasileira. Além disso, mais do que um título, o desempenho traduz os avanços em genética, nutrição e manejo.

No fim, entre sorrisos, aplausos e olhos marejados, ficou a sensação de que a Expointer não é apenas uma feira. Pelo contrário. É um palco onde tradição, tecnologia e emoção se encontram — e onde uma vaca pode virar, por um dia, a estrela maior do Rio Grande do Sul.