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    Pesquisa brasileira identifica fungos do solo que eliminam 100% do mofo-branco

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte06/06/2025
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    Foto: Maurício Meyer/Embrapa
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    Cientistas brasileiros descobriram espécies de fungos do gênero Trichoderma capazes de eliminar completamente o mofo-branco, doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum e considerada uma das principais ameaças à produção de soja, feijão e algodão no país. Os resultados laboratoriais apontam para uma alternativa biológica eficaz ao controle tradicional, que depende do uso intensivo de fungicidas químicos, geralmente caros e de alto impacto ambiental.

    O estudo, liderado por Laísy Bertanha, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com orientação do pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa, identificou cepas de Trichoderma yunnanense e Trichoderma dorotheae com capacidade de inibir até 100% a germinação dos escleródios, estruturas de resistência do patógeno. O destaque ficou para o Trichoderma yunnanense, que atingiu 97,5% de eficácia, reforçando seu potencial como biofungicida para uso agrícola.

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    Alternativa sustentável ao uso de químicos

    O mofo-branco é uma doença de difícil controle devido à longa sobrevivência dos escleródios no solo. Tradicionalmente, o manejo depende de fungicidas, que além do custo elevado, trazem riscos ambientais e podem induzir resistência nos patógenos. O uso de Trichoderma surge como solução mais segura e sustentável, podendo ser integrado a outras práticas de manejo para aumentar a eficiência e reduzir a presença da doença no solo.

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    Mofo-branco na vagem do feijão. Foto: Sebastião Araújo/Embrapa

    Segundo Bertanha, a combinação de diferentes cepas de Trichoderma pode potencializar o controle biológico. A pesquisa também destaca a importância de isolar microrganismos do próprio ambiente agrícola, maximizando sua eficácia contra patógenos locais.

    Biocontrole integrado e práticas recomendadas

    O controle biológico deve ser associado a práticas como rotação de culturas — especialmente com gramíneas, que não hospedam o fungo — e ao uso de sementes de alta qualidade, livres de patógenos. A sanitização de máquinas agrícolas é outra medida fundamental para evitar a dispersão do mofo-branco. A adição de matéria orgânica ao solo também favorece o desenvolvimento de microrganismos benéficos, aumentando a resistência natural das áreas cultivadas.

    Solos colonizados pelos fungos antagonistas. Foto: Divulgação

    Além de eliminar o patógeno, os agentes biológicos do gênero Trichoderma reduzem a agressividade do mofo-branco ao interferir na produção de ácido oxálico, substância essencial para a virulência do fungo. Durante a pesquisa, os pesquisadores identificaram nove espécies diferentes de Trichoderma em áreas de agricultura orgânica, com destaque para T. yunnanense e T. atrobrunneum.

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    Brasil lidera uso de bioinsumos agrícolas

    Atualmente, o Brasil lidera o mercado mundial de bioinsumos para controle biológico e responde por cerca de 20% do consumo global. O setor cresceu 67% entre 2021 e 2022, impulsionado pela busca por soluções sustentáveis e pela necessidade de reduzir resíduos químicos na agricultura. O uso de bioinsumos contribui para a preservação da biodiversidade, menor emissão de gases de efeito estufa e redução dos custos a longo prazo, além de estimular cadeias produtivas locais e a agricultura familiar.

    De acordo com Wagner Bettiol, “a diversidade microbiana do solo está diretamente relacionada à sua capacidade de suprimir patógenos. Tornando o biocontrole uma ferramenta valiosa para sistemas agrícolas mais equilibrados e resilientes”.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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