Resumo da notícia
- A economia de Santa Catarina cresceu 5,4% nos 12 meses até junho de 2025, com destaque para a pecuária, que lidera o crescimento há sete anos, principalmente na produção de carne de frango e suína.
- Santa Catarina é líder nacional na produção de suínos, respondendo por cerca de 29% dos abates e peso total das carcaças, com recorde de 17,97 milhões de suínos produzidos em 2024.
- As exportações de carne suína cresceram 9,3% em volume em 2024, com destaque para as Filipinas, que superaram a China como principal mercado comprador, gerando US$ 1,70 bilhão em receitas.
- O setor avícola também teve bom desempenho, com crescimento nas exportações e manutenção da posição do estado como segundo maior exportador nacional, impulsionado por vendas ao Japão e outros mercados.
A economia de Santa Catarina registrou crescimento de 5,4% no PIB nos 12 meses encerrados em junho de 2025. A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) divulgou os dados que mostram expansão de 6,1% no acumulado do primeiro semestre.
A pecuária lidera esse crescimento econômico. O setor mantém desempenho positivo há sete anos consecutivos, com destaque para a produção de carne de frango e suína.
O estado mantém a liderança na produção nacional de suínos. Santa Catarina responde por 29,1% dos abates e 29,5% do peso total das carcaças produzidas no país.
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O secretário da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, destaca o protagonismo catarinense no agronegócio. “Esses resultados são fruto das políticas públicas e do esforço conjunto de produtores, cooperativas e agroindústrias”, afirma o secretário.
Produção bate recordes históricos
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) registrou 17,97 milhões de suínos produzidos em 2024. O número representa crescimento de 0,1% em relação ao ano anterior.
A produção estadual alcançou 1,57 milhão de toneladas de carcaça no ano passado. Mesmo com leve retração de 0,2% frente a 2023, Santa Catarina manteve a liderança nacional.
As vendas externas impulsionam o setor. Santa Catarina exportou 719,4 mil toneladas de carne suína em 2024, crescimento de 9,3% em volume. As receitas chegaram a US$ 1,70 bilhão, avanço de 7,9% sobre o ano anterior.
O perfil dos destinos mudou significativamente. As Filipinas assumiram a liderança das compras após seis anos de hegemonia chinesa. O mercado filipino cresceu 48,2% em volume e 39,0% em valor.
Resultados de 2025 superam expectativas
Os dados de janeiro a julho de 2025 reforçam a trajetória positiva. Santa Catarina exportou 433,5 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 1,07 bilhão. Os números representam altas de 7,3% e 16,2% frente ao mesmo período de 2024.
Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, destaca a importância econômica do setor. “A suinocultura responde por mais de 21% do valor da produção agropecuária do Estado”, ressalta o especialista.
O setor avícola brasileiro consolidou seu crescimento em 2024. O IBGE registrou produção de 13,6 milhões de toneladas de carne de frango, crescimento de 2,4% frente ao ano anterior.
Santa Catarina se destaca nesse cenário nacional. A Cidasc contabilizou o abate de 886,7 milhões de frangos no ano passado, crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior.
Exportações resistem à gripe aviária
O estado manteve-se como segundo maior exportador do país. Santa Catarina respondeu por 22,6% das receitas nacionais de frango em 2024. As exportações cresceram 5,7% em volume e 0,2% em valor, garantindo recorde histórico em receitas.

O Japão liderou os destinos, com 12,4% de participação nas compras catarinenses.
Em 2025, Santa Catarina manteve o bom desempenho nas exportações. Até julho, o estado embarcou 668,2 mil toneladas, que renderam US$ 1,37 bilhão. Os números representam altas de 0,3% em volume e 7,3% em valor.
Alexandre Giehl explica que os resultados evidenciam recuperação após as restrições da gripe aviária. “A manutenção de resultados positivos mostra o desempenho sólido das exportações catarinenses”, afirma o analista.
O setor superou gradualmente as restrições implementadas após a detecção de influenza aviária (H5N1) no Rio Grande do Sul em maio.
