Resumo da notícia
- Uma planta parasita rara, Helosis brasiliensis, foi descoberta em junho na Fazenda Santa Helena, Maria da Fé, ampliando o conhecimento sobre sua distribuição no Brasil.
- A olivicultora Rosana Chiavassa encontrou a planta e, com ajuda da Epamig, teve a espécie identificada pela botânica Carolina Ruiz Zambon.
- Amostras foram coletadas e incorporadas ao Herbário PAMG da Epamig, que registra a biodiversidade e apoia pesquisas para conservação ambiental.
- O Herbário PAMG possui quase 60 mil exsicatas e contribui para decisões ambientais ao monitorar e preservar espécies, com parte do acervo já disponível online.
Resumo gerado pela redação.
Uma planta parasita rara, a Helosis brasiliensis Schott & Endl., foi encontrada em junho nas trilhas da Fazenda Santa Helena, em Maria da Fé. Essa fazenda é conhecida pela produção do Azeite Monasto. A espécie é uma erva carnosa, aclorofilada e holoparasita, pertencente à família Balanophoraceae.
A olivicultora Rosana Chiavassa avistou a planta durante uma caminhada com seu filho. Curiosa sobre a descoberta, ela procurou o Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé para identificar a espécie. A botânica e pesquisadora Carolina Ruiz Zambon confirmou o achado. “Essas plantas são difíceis de encontrar. Suas estruturas vegetativas ficam quase sempre subterrâneas e só aparecem quando emitem flores”, explica.
A equipe coletou as amostras e as encaminhou ao Herbário PAMG da Epamig. No local, os pesquisadores herborizaram o material e montaram exsicatas — plantas prensadas e secas acompanhadas de informações sobre a coleta. A pesquisadora e curadora do Herbário, Andréia Fonseca, destaca que essa planta ocorre principalmente na Bahia e em estados do Sul e Sudeste. “Este é um registro importante que amplia o conhecimento sobre a distribuição da espécie”, afirma.
Rosana ressalta a importância da ação: “Queríamos garantir a preservação e o estudo da planta. A Epamig nos ajudou a identificar sua raridade”. Carolina Zambon destaca que essa colaboração contribui para o avanço do conhecimento científico e para a conservação ambiental.
O Herbário PAMG possui atualmente 59.784 exsicatas, principalmente de Minas Gerais. Desde 2020, o acervo passa por informatização e 11 mil amostras já estão disponíveis online na rede SpeciesLink. Segundo Andréia Fonseca, os herbários são fundamentais para entender a conservação das espécies e para a tomada de decisões ambientais. “Eles registram a ocorrência das plantas ao longo do tempo, ajudam a analisar o estado das populações e a formular estratégias de proteção”, conclui.
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