Queda nos portos brasileiros reprime alta de 2025, mas alívio chega tarde para produtores rurais
Foto: divulgação - Embrapa/Geraldo Magela

Após sete semanas consecutivas de queda, o preço do fertilizante fosfatado MAP (fosfato monoamônico) acumulou recuo de 10% nos portos do Brasil. Os dados são da StoneX, empresa global de serviços financeiros.

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Essa redução devolve parte da valorização de cerca de 15% registrada entre o início do ano e setembro, mas seu impacto no setor agrícola brasileiro será limitado no curto prazo.

A valorização do MAP no primeiro semestre pressionou as relações de troca com soja, milho e outras commodities agrícolas, obrigando produtores a buscar alternativas mais baratas.

As importações de fertilizantes SSP (superfosfato simples) e NP (nitrogênio e fósforo) cresceram 18% e 50%, respectivamente. Portanto, compensando a queda de 22% nas compras de MAP, que somaram 2,5 milhões de toneladas até setembro.

Ajustes do mercado refletem cautela dos importadores

Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, destaca que importadores adotam estratégias para equilibrar custo e risco, atentos à volatilidade cambial e internacional. “Mesmo com preços mais baixos, a postura de cautela deve continuar no setor”, afirma.

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Como a maior parte das compras para a safra atual já foi concluída, os produtores pouco se beneficiarão da recente queda. Se a tendência de preço seguir em baixa, 2026 poderá ter relações de troca mais vantajosas e aumento da demanda por MAP.