Resumo da notícia
- A agroindústria brasileira registrou queda de 2,1% na produção em agosto de 2024, com recuo acumulado de 0,5% no ano, segundo o Índice de Produção Agroindustrial da FGVAgro.
- Setores de Bebidas e Produtos Não-Alimentícios tiveram as maiores quedas, com bebidas alcoólicas caindo 11,8%, menor nível desde 2014, e biocombustíveis recuando 24,1%, pior resultado para agosto desde 2003.
- Desafios em 2025 são atribuídos à desaceleração econômica, política monetária restritiva e valorização do real, que prejudicam competitividade e receita da agroindústria no mercado internacional.
- Aumento tarifário dos EUA, anunciado em julho, impacta exportações e expectativas empresariais, afetando até segmentos antes isentos, agravando o cenário para o setor agroindustrial brasileiro.
A agroindústria brasileira produziu 2,1% menos em agosto deste ano na comparação com o mesmo mês de 2024, revela o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) da FGVAgro. No acumulado do ano, o recuo chega a 0,5%.
A pesquisa mostra que os segmentos de Bebidas e Produtos Não-Alimentícios sofreram as maiores quedas. Bebidas encolheram 4,9%, com destaque para o segmento de bebidas alcoólicas, cuja produção caiu 11,8%, atingindo o menor nível desde 2014. É importante notar que os casos de contaminação por metanol foram registrados em setembro, após o período avaliado.
No setor de Produtos Não-Alimentícios, a baixa mais expressiva ocorreu na fabricação de biocombustíveis, que recuou 24,1%. Este é o pior resultado para agosto desde o início da série histórica em 2003.
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Pesquisadores da FGVAgro apontam que 2025 tem apresentado desafios à agroindústria, impulsionados pela desaceleração da economia brasileira, influenciada pela política monetária restritiva, e pela valorização do real, que reduz a competitividade e a receita dos produtos no mercado internacional.
Além disso, os últimos aumentos tarifários, conhecidos como tarifaço, impactam os embarques e as expectativas dos empresários. Afetando também segmentos previamente considerados isentos da elevação tarifária anunciada em julho pelo presidente Donald Trump.