O Piauí se destaca como o segundo maior produtor de caju do Brasil. A cultura ocupa mais de 50 mil hectares e atinge mais de 100 municípios no estado. A Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) investe forte no fortalecimento da cajucultura para garantir renda aos agricultores familiares. Para isso, a SAF planeja entregar 800 mil mudas de caju até o final de 2025, para plantio e reposição da área.
José Augusto de Sousa, agricultor familiar em Jaicós, diz que o caju transformou sua vida. Ele planta cajueiros desde 2014 e vende o caju e a castanha em feiras, fábricas e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Segundo ele, o trabalho com o caju é a principal fonte de renda da família. “Com a SAF doando as mudas, conseguimos plantar, colher e vender. Depois que entramos no PAA, nossa renda melhorou bastante”, afirma.

O superintendente de Ações de Apoio à Agricultura Familiar da SAF, Clébio Coutinho, explica que a secretaria atua para ampliar a área plantada e gerar emprego e renda. Até 2025, a SAF vai distribuir 1,8 milhão de mudas no estado, sendo 400 mil entregues em 2023 e 2024, e 800 mil previstas para este ano. O programa conta com recursos do governo estadual, federal e emendas parlamentares.
Viveiros
Além disso, a SAF vai entregar quatro viveiros de mudas de caju, ligados a jardins clonais, para garantir mudas de qualidade. Dois viveiros estão em fase avançada de conclusão, em Jaicós e Pio XIX. Outros dois serão implantados em Teresina e Eliseu Martins, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
O projeto inclui capacitação para estudantes e produtores dos territórios Entre Rios e Chapada das Mangabeiras, por meio das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs). Segundo Clébio, a estratégia visa aumentar a produção de mudas de qualidade não só no semiárido, mas também na região de Picos, berço da cajucultura no Piauí.
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