Close Menu
Agro em Campo
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Agro em Campo
    • Notícias
    • Sustentabilidade
    • Agricultura
    • Pecuária
    • Opinião
    Agro em Campo
    Home » Produtores de soja avançam sobre a Amazônia
    Notícias

    Produtores de soja avançam sobre a Amazônia

    Entenda as brechas no acordo contra desmatamento
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte22/06/2025
    Facebook Twitter WhatsApp
    soja
    Facebook Twitter WhatsApp

    Em meio ao verde intenso da Amazônia, onde antes havia floresta secundária em recuperação, agora se estendem fileiras intermináveis de soja. O cenário se repete em várias regiões do Pará, estado que se tornou a nova fronteira agrícola do Brasil. Apesar do Acordo da Soja da Amazônia, pacto firmado em 2006 para conter o desmatamento, produtores encontraram uma brecha perigosa na legislação: o acordo só protege florestas primárias, aquelas nunca antes derrubadas, deixando de fora as áreas em regeneração.

    Um relatório oficial recente mostra que a área de soja plantada em floresta primária quase triplicou desde 2018, alcançando 250 mil hectares. No entanto, pesquisas independentes revelam números muito mais alarmantes. Xiaopeng Song, professor da Universidade de Maryland, analisou dados de satélite e descobriu que cerca de 1,04 milhão de hectares de soja na Amazônia brasileira estão em terras desmatadas após 2008 – data limite estabelecida pelo acordo. A discrepância ocorre porque o monitoramento oficial ignora pequenos desmatamentos acumulados e focos em municípios com mais de 5 mil hectares de cultivo.

    CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

    Transformação

    Em Santarém, no oeste do Pará, a expansão da soja transformou radicalmente a paisagem. O terminal da Cargill, construído às margens do rio Amazonas, tornou-se um polo de atração para produtores que buscam reduzir custos de exportação. “Aqui temos condições de fazer até três safras por ano”, explica Edno Cortezia, presidente do sindicato rural local. Ele está referindo-se ao cultivo sucessivo de soja, milho e trigo na mesma área. Enquanto isso, comunidades próximas sofrem com os impactos. Raimundo Freitas, diretor de uma escola em Belterra, mostra registros de intoxicação por agrotóxicos em alunos e professores ocorridos no ano passado.

    Leia Também:

    Exportações de carne de frango aumentam 4,2% em maio

    Poraquê: vídeo mostra peixe elétrico atacando jacaré

    Ibama apreende 4 toneladas de pescado ilegal no Amazonas

    A pressão para flexibilizar o acordo vem crescendo. No final de abril, um ministro do STF autorizou o estado do Mato Grosso a retirar incentivos fiscais de empresas signatárias do pacto. André Nassar É presidente da Abiove, s associação que reúne as principais traders de grãos. E já sinalizou que o setor busca “um meio termo” entre manter e extinguir o acordo. Enquanto isso, a China, destino de dois terços da soja brasileira, continua comprando o grão rotulado como “livre de desmatamento”, mesmo com as evidentes falhas no sistema de monitoramento.

    Cientistas alertam que a combinação de desmatamento e mudanças climáticas pode levar a Amazônia a um ponto de não retorno, quando começaria a se transformar irreversivelmente em savana. “O acordo evitou um desastre maior, mas está longe de ser suficiente”, afirma André Guimarães, do IPAM. Com a temporada de plantio se aproximando, a pergunta que fica é: até quando as brechas na legislação continuarão permitindo que a soja avance sobre o que resta da floresta?

    Leia mais:
    + Agro em Campo: Pecuaristas do Sul de Minas investem em fertilização in vitro

    CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

    + Agro em Campo: Conheça o Projeto Mangues da Amazônia

    ABIOVE Acordo da Soja amazônia Cargill China desmatamento soja floresta secundária soja
    Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp
    AnteriorFazenda Bananal: conheça uma opção de turismo na Mata Atlântica
    Próximo Milho, coco, batata-doce e amendoim: os superalimentos juninos
    Henrique Rodarte
    • Website
    • Facebook
    • X (Twitter)
    • LinkedIn

    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

    Conteúdo Relacionado

    Frigoríficos reavaliam exportações após tarifa dos EUA

    15/07/2025

    Frigoríficos de MS paralisam produção de carne para os EUA após tarifaço de Trump

    15/07/2025

    Drones Agrícolas: saiba como ganhar até R$ 400 por hectare

    15/07/2025

    Empresários americanos e brasileiros se unem contra taxa de 50%

    15/07/2025

    Hilux, Ranger e S10: as picapes “queridinhas” do agro

    15/07/2025

    Uso de herbicidas no Brasil sobe 128% em uma década

    15/07/2025
    Comentar
    Leave A Reply Cancel Reply

    Em alta

    O que é o Dia do Pecuarista e por que ele importa ao Brasil

    Ariranha: o predador dos rios da América do Sul

    Documentário sobre o Pantanal é indicado ao Oscar Verde

    Oferta maior derruba preço da batata nos atacados

    Menos vacas, mais leite: produção cresce 3 vezes no Brasil

    Como proteger sua criação doméstica contra a gripe aviária

    Agro em Campo
    Agro em Campo

    Somos o Agro em Campo, uma plataforma de conteúdo que engaja temas relevantes do segmento Agro por meio de notícias no ambiente digital.

    Produzimos conteúdo de qualidade e independência editorial do Brasil para mundo.

    Somos sustentáveis, somos o sonho de uma sociedade que gera alimentos, influência, boas práticas ambientais e representatividade na economia. Temos orgulho de sermos Agro.

    Últimas Publicações

    Frigoríficos reavaliam exportações após tarifa dos EUA

    15/07/2025

    Frigoríficos de MS paralisam produção de carne para os EUA após tarifaço de Trump

    15/07/2025

    Drones Agrícolas: saiba como ganhar até R$ 400 por hectare

    15/07/2025
    © 2025 AGRO EM CAMPO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar.