Exportação de frango cai no estado; preços da arroba bovina sobem em agosto
Foto: Gilson Abreu/AEN

Os produtores do Paraná começaram o plantio da safra de verão com foco no milho e na batata. Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), essas culturas lideram o avanço dos trabalhos no estado.

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O plantio da soja, por sua vez, ainda é restrito e acontece majoritariamente na Região 2, que abrange o Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste. Nas demais regiões, o vazio sanitário segue em vigor, e a liberação para o plantio deve ocorrer ao longo deste mês.

Milho avança com 9% da área prevista semeada

O milho tem aproveitado as condições climáticas favoráveis. Até agora, cerca de 29 mil hectares já foram plantados, o que representa 9% dos 314 mil hectares previstos para esta safra. A região de Ponta Grossa, maior produtora do estado, responde por 21 mil hectares plantados, representando 23% da área total estimada para o Paraná.

A região de Guarapuava ocupa a segunda posição, com 15% da área prevista para o milho, cerca de 47,6 mil hectares. A projeção para a safra é de 3,2 milhões de toneladas no primeiro ciclo do ano agrícola.

Plantio da batata atinge 22% da área, mas desacelera por solo seco

A batata de primeira safra está plantada em 3,5 mil hectares, o equivalente a 22% da área total estimada em 16,3 mil hectares. O avanço ficou abaixo do registrado no ano passado, que marcava 35% do plantio neste período. A secura do solo atrasou o ritmo das operações.

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As principais regiões produtoras incluem Curitiba (39% da área), Guarapuava (23%) e Ponta Grossa (13%). A expectativa de colheita é de 517,1 mil toneladas, volume 11% menor que as 584,2 mil toneladas colhidas em 2024.

Tabaco deve registrar maior área plantada da história do Paraná

Os produtores de tabaco planejam ampliar o plantio para 85,3 mil hectares, o maior já registrado no estado. Principal alternativa de renda para pequenas propriedades do Sudeste paranaense, a previsão é colher 217,5 mil toneladas, superando o recorde anterior de 195,1 mil toneladas.

Exportação de frango tem alta no faturamento, mas queda no volume

O Brasil vendeu 2,906 milhões de toneladas de frango entre janeiro e julho, redução de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, o faturamento cresceu 0,9%, atingindo US$ 5,472 bilhões.

No Paraná, o volume exportado caiu 5,7%, para 1,189 milhão de toneladas, e a receita diminuiu 4%, somando US$ 2,181 bilhões. A retração resulta dos embargos de alguns países após confirmarem caso de gripe aviária em maio, no Rio Grande do Sul.

O valor da arroba bovina fechou agosto em R$ 310,50, com alta de 5,49% impulsionada pela menor oferta de animais. As exportações mantiveram ritmo forte, com recorde de 310 mil toneladas embarcadas em julho.

No mercado interno, a maioria dos cortes bovinos sofreu aumento de preço em agosto. Apenas alcatra sem osso e contrafilé com osso registraram queda nos valores. Os demais cortes subiram entre 1,7% e 4,3%.