A renda média dos trabalhadores rurais aumentou 5,5% no primeiro trimestre de 2025, segundo o Anuário da Agricultura Familiar. O valor médio mensal passou de R$ 2.022 para R$ 2.133, conforme dados divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e pelo Dieese.

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O levantamento inclui empregados da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. A variação regional foi expressiva. No Norte, a renda subiu 21%; no Nordeste, 7,5%; no Sul, 9,7%; e no Sudeste, 1,7%. Já o Centro-Oeste registrou queda de 7,9%.

Apesar da redução, o Centro-Oeste mantém a maior média salarial: R$ 3.492. O valor supera as médias do Sudeste (R$ 3.147), Sul (R$ 3.147), Norte (R$ 1.997) e Nordeste (R$ 1.081).

Segundo a presidente da Contag, Vânia Marques Pinto, o anuário serve para monitorar remunerações e orientar políticas públicas. “A Contag vem pautando os entes federativos para rever e qualificar políticas para povos do campo, da floresta e das águas”, afirmou em nota.

Desemprego feminino atinge menor índice desde 2015

O anuário também aponta redução do desemprego feminino pelo terceiro ano seguido. A taxa foi de 7,6% em 2024, a menor desde 2015. O movimento reflete a maior atividade econômica e o avanço na qualificação das mulheres rurais.

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Segundo Contag e Dieese, entre 2012 e 2024, o percentual de mulheres rurais com ensino superior subiu de 2% para 6%. Aquelas com ensino médio completo aumentaram de 14% para 25%. Já a proporção sem instrução caiu de 14% para 10%, e as com fundamental incompleto reduziram de 50% para 38%.

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