Resumo da notícia
- A onça-pintada foi resgatada após nadar por horas exausta e desorientada no Rio Negro, em Manaus, gerando críticas sobre o método usado pela equipe de resgate.
- O veterinário Aldenor Lima explicou que, apesar do cansaço, o animal é selvagem e perigoso, justificando a cautela no resgate sem colocá-lo no barco imediatamente.
- O resgate envolveu uma força-tarefa com várias instituições que garantiram a segurança do animal e da equipe, encaminhando a onça para avaliação veterinária.
- A hipótese para a presença do animal no rio é uma fuga causada por disputa territorial com outro felino, comum entre onças-pintadas machos na Amazônia.
Lembra da onça resgatada na água, depois de ficar horas nadando sem rumo? Muitas pessoas criticaram a ação de resgate, perguntando porque não colocaram o animal dentro barco, por exemplo.
O veterinário Aldenor Lima, de Manaus, fez um vídeo explicando o processo. Afinal, apesar de estar cansada e parecer inofensiva, ainda é uma onça-pintada, um animal selvagem e perigoso para a equipe de resgate. Assista e entenda.
Vídeo mostra dificuldade da operação
Aliás, um novo vídeo do resgate foi liberado, mostrando a tensão da operação. O capitão Dilson Castro, do Batalhão Ambiental, detalhou em suas redes sociais: “No momento do resgate do animal silvestre (onça-pintada), houve situação de risco elevado. Ao ser conduzida próxima à margem, o felino tentou se soltar da boia em direção à terra firme, exigindo o imediato emprego do cambão, instrumento próprio para contenção sem causar ferimentos.
Durante a contenção, a onça direcionou-se em sentido aos motores da embarcação, o que obrigou a equipe a proceder com o corte imediato dos motores, deixando a lancha à deriva. A correnteza acabou levando a embarcação para baixo da Ponte Rio Negro, onde ocorreu colisão com as pilastras de sustentação.
Apesar do momento tenso, a pronta resposta, a técnica e a experiência do policial militar que alternava entre a condução da lancha e o apoio direto na captura foram determinantes para evitar maiores danos. Após a estabilização da situação, foi possível concluir com êxito a retirada segura do animal do rio, sem ferimentos à onça e sem vítimas entre a equipe.”
Entenda o caso
Equipes de resgate salvaram uma onça-pintada com vida após avistarem o animal nadando por horas no Rio Negro, na região da Ponta Negra, em Manaus. O animal apresentava sinais de exaustão e desorientação, segundo testemunhas que acompanharam a situação. Além disso, o animal estava bastante ferido na cabeça, com mais de 30 chumbinhos alojados em todo o corpo. Principalmente na parte do crânio, além de dentes quebrados e ferimentos.
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O resgate do felino contou com a participação de uma grande força-tarefa. Que contou com a Equipe Pet da deputada Joana Darc, a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Animal (Sepet), o Batalhão Ambiental da Polícia Militar e o Instituto Laiff. As equipes trabalharam em conjunto para retirar a onça das águas do Rio Negro com segurança.
Após a captura, a equipe encaminhou o animal imediatamente a uma clínica veterinária especializada para avaliar seu estado de saúde e garantir os cuidados necessários.
Disputa territorial pode ter causado fuga do animal
De acordo com o capitão Dilson Castro, a hipótese mais provável é que a onça tenha entrado no rio fugindo de um confronto com outro felino. “Possivelmente em uma briga de territórios ela tentou fugir da área e veio parar no meio do Rio Negro”, explicou o oficial.
Assim, esse tipo de disputa é comum entre onças-pintadas, especialmente machos que competem por território e recursos na floresta amazônica.