A demanda firme por soja para o esmagamento tem sustentado os preços do grão no Brasil e no exterior. Pesquisadores do Cepea explicam que essa procura mantém o mercado aquecido, mas a alta nos preços enfrenta um limite. Em geral, esse freio ocorre devido à grande oferta global de soja em grão, que segue em crescimento.
Segundo o USDA, a produção mundial deve subir de 421,99 para 427,68 milhões de toneladas em 2025/26. Ou seja, esse número representa um novo recorde para a produção da oleaginosa no cenário internacional.
No Brasil, os preços registraram leve alta neste mês, segundo dados parciais até o dia 17 de julho. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) subiu 1,8%, enquanto o CEPEA/ESALQ – Paraná avançou 1,3%.
Milho interrompe queda de preços em algumas regiões
Os preços do milho pararam de cair em parte das praças acompanhadas pelo Cepea na semana passada. Pesquisadores indicam que o movimento de retração por parte dos vendedores contribuiu para essa mudança.
Apesar do avanço da colheita da segunda safra, o ritmo segue abaixo do registrado em anos anteriores. Em resumo, a lentidão nas atividades se soma à cautela dos compradores no mercado spot nacional. Esses demandantes evitam novas aquisições por causa da previsão de safra recorde no País. Além disso, as exportações estão enfraquecidas, o que reduz ainda mais o interesse pela compra imediata. Por isso, muitos consumidores seguem usando os lotes adquiridos de forma antecipada. Com isso, a liquidez do milho continua baixa no mercado brasileiro.
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