Planta resistente conquista espaço em regiões com menos chuva e alta demanda por etanol e ração
Foto: Sandra Brito/Embrapa

O sorgo avança nas propriedades brasileiras com foco na segunda safra, ampliando as oportunidades de lucro no campo. A cultura atrai produtores principalmente nas regiões próximas às usinas de etanol e indústrias de ração, que utilizam o grão tanto para biocombustível quanto para alimentação animal.

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Resiliente a períodos de seca, o sorgo adapta-se bem a áreas com baixa disponibilidade hídrica. Apesar de gerar menos palhada que outras culturas, contribui para a formação de matéria orgânica e para a manutenção da fertilidade do solo, aspectos que reforçam a sustentabilidade da lavoura.

“A produtividade do sorgo cresceu significativamente. Antes, a média girava em torno de 50 sacas por hectare. Hoje, muitos produtores colhem entre 80 e 90 sacas por hectare. Esse avanço ocorre graças ao manejo adequado e ao uso de tecnologias que otimizam a nutrição e a eficiência dos fertilizantes”, destaca Sabrina Coneglian, gerente de Desenvolvimento de Mercado Nacional da Mosaic.

Expansão do sorgo na segunda safra em Mato Grosso do Sul

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) evidenciam o crescimento do sorgo na segunda safra, principalmente em Mato Grosso do Sul. A área plantada saltou de 137,8 mil para 160,4 mil hectares, um aumento de 16,4% na safra 2025/26.

Apesar da leve redução na produtividade média — de 4.097 kg/ha para 3.894 kg/ha — a produção total subiu 10,6%, alcançando 624,6 mil toneladas. Essa expansão reflete a adoção crescente de alternativas mais resilientes e versáteis, equilibrando a demanda por alimentação animal e produção de etanol.

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Investir em manejo técnico e soluções nutricionais adequadas permite que o sorgo se imponha como uma alternativa viável, sustentável e rentável para produtores que buscam se adaptar às condições climáticas da safrinha e ampliar a lucratividade.