Resumo da notícia
- O sorgo cresce nas propriedades brasileiras, especialmente na segunda safra, impulsionado pela demanda das usinas de etanol e indústrias de ração para biocombustível e alimentação animal.
- A cultura é resistente à seca, contribui para a fertilidade do solo e promove sustentabilidade, apesar de gerar menos palhada que outras culturas.
- Produtividade do sorgo aumentou para até 90 sacas por hectare graças ao manejo e tecnologias que otimizam nutrição e uso de fertilizantes.
- Em Mato Grosso do Sul, a área plantada de sorgo na segunda safra cresceu 16,4%, elevando a produção total em 10,6%, consolidando-o como alternativa rentável e adaptada ao clima da região.
O sorgo avança nas propriedades brasileiras com foco na segunda safra, ampliando as oportunidades de lucro no campo. A cultura atrai produtores principalmente nas regiões próximas às usinas de etanol e indústrias de ração, que utilizam o grão tanto para biocombustível quanto para alimentação animal.
Resiliente a períodos de seca, o sorgo adapta-se bem a áreas com baixa disponibilidade hídrica. Apesar de gerar menos palhada que outras culturas, contribui para a formação de matéria orgânica e para a manutenção da fertilidade do solo, aspectos que reforçam a sustentabilidade da lavoura.
“A produtividade do sorgo cresceu significativamente. Antes, a média girava em torno de 50 sacas por hectare. Hoje, muitos produtores colhem entre 80 e 90 sacas por hectare. Esse avanço ocorre graças ao manejo adequado e ao uso de tecnologias que otimizam a nutrição e a eficiência dos fertilizantes”, destaca Sabrina Coneglian, gerente de Desenvolvimento de Mercado Nacional da Mosaic.
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Expansão do sorgo na segunda safra em Mato Grosso do Sul
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) evidenciam o crescimento do sorgo na segunda safra, principalmente em Mato Grosso do Sul. A área plantada saltou de 137,8 mil para 160,4 mil hectares, um aumento de 16,4% na safra 2025/26.
Apesar da leve redução na produtividade média — de 4.097 kg/ha para 3.894 kg/ha — a produção total subiu 10,6%, alcançando 624,6 mil toneladas. Essa expansão reflete a adoção crescente de alternativas mais resilientes e versáteis, equilibrando a demanda por alimentação animal e produção de etanol.
Investir em manejo técnico e soluções nutricionais adequadas permite que o sorgo se imponha como uma alternativa viável, sustentável e rentável para produtores que buscam se adaptar às condições climáticas da safrinha e ampliar a lucratividade.