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    Brasil pode liderar mercado de carbono com modelos globais

    Luna AmaroPor Luna Amaro06/04/2025
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    Foto: Divulgação - Agência Brasil / TV Brasil
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    Com mais de 36 mercados regulados de carbono em operação no mundo, o Brasil encontra inspiração para se tornar uma potência climática. Segundo Fernando Beltrame, CEO da Eccaplan e especialista em Net Zero, o país precisa seguir exemplos bem-sucedidos. Ele cita Chile, Austrália, Costa Rica e Nova Zelândia como referências para criar um sistema próprio, robusto e conectado à realidade brasileira.

    Chile

    O Chile, por exemplo, criou o Chile Carbon Market em 2021. O sistema começou pelo setor energético e agora se expande para outras áreas. Em geral, a meta chilena é alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Para isso, o país incentiva a troca de fontes fósseis por renováveis, com apoio institucional e legal.

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    Costa Rica

    Já a Costa Rica virou modelo global ao implementar políticas inovadoras de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Essas políticas recompensam financeiramente comunidades locais e indígenas pela preservação das florestas. O país reverteu o desmatamento e elevou sua cobertura florestal de menos de 50% nos anos 1980 para mais de 60% atualmente.

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    Diferente de outras nações, a Costa Rica adotou um modelo financeiro sustentável. Ela financia a conservação com impostos sobre combustíveis fósseis. Por isso, conquistou reconhecimento internacional e recebeu pagamentos do Fundo de Carbono do Banco Mundial por ações comprovadas em projetos REDD+.

    Austrália e Nova Zelândia

    A Austrália também se destaca com o Emissions Reduction Fund. Em geral, o programa oferece apoio financeiro direto para empresas e agricultores que adotam práticas sustentáveis. A Nova Zelândia foi além. O país incluiu o setor agrícola no comércio de emissões e criou um mercado com créditos de florestas nativas e práticas regenerativas.

    “Esses modelos mostram que é possível começar por setores estratégicos, fortalecer a regulação e gerar benefícios reais para quem protege o meio ambiente. O Brasil pode seguir esse caminho de forma progressiva e sustentável”, afirma Beltrame.

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    Segundo a consultoria McKinsey & Company, o mercado voluntário de carbono pode movimentar até US$ 50 bilhões por ano até 2030. Portanto, com sua biodiversidade e recursos naturais, o Brasil está entre os países com maior potencial para atender essa demanda.

    Ao mesmo tempo, à medida que empresas e países adotam metas Net Zero, cresce a busca por soluções de compensação. Em resumo, esse cenário abre uma oportunidade única para o Brasil, especialmente em áreas com vegetação nativa, comunidades tradicionais e alta diversidade ambiental.

    “O mercado de carbono pode movimentar a economia verde, gerar empregos no campo, atrair capital estrangeiro e reforçar a imagem do Brasil no exterior. É uma equação rara, que exige coragem e planejamento”, analisa o CEO da Eccaplan.

    Desenvolvimento com impacto social

    Para Beltrame, o momento é propício. A crescente demanda global por créditos de carbono permite transformar os ativos naturais brasileiros em desenvolvimento sustentável.

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    “O mercado de carbono é uma ferramenta estratégica para alinhar economia e preservação ambiental. Ele pode gerar renda, atrair investimentos e impulsionar novos mercados”, explica.

    Em resumo, o especialista destaca seis formas de o Brasil se beneficiar com a expansão desse mercado:

    • Geração de receita e entrada de capital estrangeiro em projetos de energia renovável e manejo florestal;
    • Avanço tecnológico, com inovações em blockchain, sensoriamento remoto e monitoramento de emissões;
    • Inclusão social, com renda para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
    • Fortalecimento da imagem internacional, com exportações de menor pegada de carbono;
    • Redução de riscos climáticos, por meio da conservação ambiental e dos serviços ecossistêmicos;
    • Incentivo a políticas públicas, com estímulos fiscais para práticas sustentáveis.

    “Temos tudo: florestas, conhecimento técnico e capacidade de mobilização. Falta consolidar uma estrutura com integridade, transparência e impacto positivo. Ou seja, podemos ser líderes globais nesse mercado – com justiça e inclusão”, conclui Fernando Beltrame.

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