Close Menu
Agro em Campo
    Facebook X (Twitter) Instagram
    Agro em Campo
    • Notícias
    • Sustentabilidade
    • Agricultura
    • Pecuária
    • Opinião
    Agro em Campo
    Home » Como uma fazenda revoluciona o agronegócio sustentável no Nordeste
    Sustentabilidade

    Como uma fazenda revoluciona o agronegócio sustentável no Nordeste

    Propriedade no Matopiba transforma comunidades rurais através da certificação RTRS e projetos sociais inovadores
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte19/08/2025
    Facebook Twitter WhatsApp
    Foto: Divulgação
    Facebook Twitter WhatsApp

    Resumo da notícia

    • A Fazenda Sol Nascente, com 100 hectares no Matopiba, é referência em sustentabilidade e inclusão social, combinando produção agrícola com desenvolvimento regional no Maranhão e Piauí.
    • Desde 2012, a fazenda adota a certificação RTRS, produzindo soja e milho responsáveis e promovendo inovação tecnológica e fortalecimento das comunidades locais.
    • Além da soja, a propriedade incentiva a diversificação agrícola com cultivos como mandioca, arroz e amaranto, beneficiando comunidades tradicionais, indígenas e pequenos produtores.
    • O programa de empoderamento feminino da Fapcen capacita mulheres rurais, promovendo autonomia econômica e protagonismo social, ampliando impacto em dezenas de comunidades da região.

    Resumo gerado pela redação.

    Localizada estrategicamente no coração do Matopiba, a Fazenda Sol Nascente emerge como um case de sucesso que comprova: o tamanho da propriedade não determina o impacto social. Com apenas 100 hectares, sendo 35 destinados ao cultivo de soja, esta fazenda no Maranhão e Piauí tornou-se referência nacional em sustentabilidade e inclusão social no agronegócio.

    CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

    Fundada em 2002, a propriedade abriga a sede da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen) e nasceu com uma missão clara: desenvolver a região ao longo do corredor logístico que conecta a produção de soja ao Porto de Itaqui, em São Luís (MA) — um dos portos mais estratégicos para as exportações brasileiras.

    Leia Também:

    2º Fórum Sanidade Soja destacou desafios e inovações na luta contra pragas e doenças

    Pesquisa aponta como melhorar o solo com calcário

    Produção de soja no Brasil deve crescer 9,4% em 2025, diz Abiove

    Do laboratório ao campo: a transformação sustentável

    A trajetória da Fazenda Sol Nascente começou focada na pesquisa genética de soja adaptada às condições climáticas desafiadoras da região: baixas altitudes e altas temperaturas. O ponto de virada aconteceu em 2012, quando a propriedade aderiu à certificação da Mesa Global da Soja Responsável (Round Table on Responsible Soy – RTRS).

    “Hoje, a Sol Nascente é mais do que uma fazenda. É um polo de conhecimento, de troca de tecnologias inovadoras e de fortalecimento das comunidades rurais do entorno”, explica Gisela Introvini, superintendente da Fapcen e referência na promoção de práticas sustentáveis na região.

    Os resultados comprovam a eficácia do modelo adotado. A fazenda já produziu 193 toneladas de soja e 234 toneladas de milho certificadas RTRS. Além disso, representa todos os produtores certificados da região e sedia o AgroBalsas, considerado o maior evento agro do Maranhão, onde os princípios da certificação são disseminados para agricultores e comunidades locais.

    CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

    Impacto social vai além da soja

    O diferencial da Fazenda Sol Nascente está na amplitude de sua atuação social. A propriedade não se limita à produção de soja, promovendo ativamente a diversificação agrícola em comunidades tradicionais, indígenas e entre pequenos produtores.

    Foto: Divulgação

    “Nós propagamos o cultivo da mandioca, arroz, feijão e até espécies como girassol, gergelim e amaranto, estimulando a diversidade agrícola e a segurança alimentar dessas famílias”, detalha Gisela Introvini.

    Empoderamento feminino no agronegócio

    Um dos pilares mais inovadores do trabalho desenvolvido pela Fapcen é o programa de mulheres, que promove o empoderamento feminino no campo. A iniciativa incentiva a autonomia econômica e o protagonismo social de mulheres rurais através de capacitações, dias de campo e projetos comunitários.

    Você também pode gostar:

    + Agro em Campo: Cade abre processo contra Moratória da Soja por suspeita de cartel na exportação
    + Agro em Campo: Crise no café? Tarifas sobre importações do Brasil ameaçam mercado americano

    CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

    “Temos muito orgulho de dizer que, a partir daqui, irradiamos conhecimento para dezenas de comunidades, levando dias de campo, capacitações e projetos de base comunitária, agora inclusive junto às populações indígenas da região”, destaca a superintendente.

    Qualidade de vida transformada

    A certificação RTRS tem impactado diretamente as condições de trabalho nas fazendas da região. Segundo Gisela, as mudanças são visíveis no dia a dia das propriedades certificadas.

    “Ao chegar em uma fazenda certificada, o colaborador encontra uma estrutura digna dos grandes centros urbanos. Estamos falando de academias de ginástica, áreas de lazer, cursos e treinamentos constantes. A certificação transformou muitas dessas propriedades em verdadeiras minicidades organizadas”, revela.

    Em regiões distantes dos grandes centros, esse cuidado com o bem-estar do trabalhador faz toda a diferença. “É ali que o funcionário encontra qualidade de vida, oportunidade de crescimento e condições para sustentar com dignidade a sua família”, completa.

    1,5 milhão de toneladas: a meta ambiciosa

    A Fapcen administra dois grupos de certificação RTRS que já produziram mais de 830 mil toneladas de soja certificada. A expectativa é alcançar 1,5 milhão de toneladas até o final do ano, consolidando a fundação como uma das maiores referências em produção responsável no Matopiba.

    Os dois grupos contam atualmente com 16 fazendas certificadas e outras 12 em processo de análise documental e auditoria inicial. “A ideia é mais do que trazer números. É contar a história de como essa transformação vem acontecendo no dia a dia das fazendas”, explica Samaycon Gonçalves, gerente de RH e Sustentabilidade da Fapcen.

    Para incluir propriedades em preparação para a certificação oficial, a Fapcen desenvolveu o selo PMAPS (Programa de Mapeamento de Indicadores Sustentáveis). A ferramenta funciona como um sistema de gestão e incentivo para adoção gradual de boas práticas sustentáveis.

    Foco especial no aspecto social

    Entre os cinco princípios da RTRS — cumprimento legal e boas práticas empresariais, condições de trabalho responsáveis, relações comunitárias responsáveis, responsabilidade ambiental e boas práticas agrícolas — o aspecto social recebe atenção especial na região.

    “As fazendas destinam parte dos créditos obtidos com a certificação para projetos sociais. Isso gera impacto direto nas comunidades e posiciona os produtores como co-realizadores dessas ações”, destaca Samaycon Gonçalves.

    A visão da Fapcen vai além das demandas tradicionais do mercado internacional. “Enquanto o mundo foca apenas no desmatamento zero, nós vamos além. Fazemos questão de cobrar e aplicar o quarto princípio da certificação: a integração com comunidades, cidades e os próprios colaboradores”, conclui Gisela Introvini.

    Este modelo de agronegócio sustentável desenvolvido no Matopiba demonstra que é possível conciliar produtividade, responsabilidade ambiental e impacto social positivo, criando um novo paradigma para o setor no Brasil.

    Leia mais:
    + Agro em Campo: Cade abre processo contra Moratória da Soja por suspeita de cartel na exportação

    + Agro em Campo: Novo indutor de ovulação aumenta taxa de prenhez em vacas em até 9%
    agronegócio sustentável Fapcen Fazenda Sol Nascente Matopiba nordeste soja
    Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp
    AnteriorNovo indutor de ovulação aumenta taxa de prenhez em vacas em até 9%
    Henrique Rodarte
    • Website
    • Facebook
    • X (Twitter)
    • LinkedIn

    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

    Conteúdo Relacionado

    Cade abre processo contra Moratória da Soja por suspeita de cartel na exportação

    18/08/2025

    Nova biotecnologia promete acabar com praga que devasta plantações no Brasil

    16/08/2025

    Unha-do-diabo ameaça carnaúba no Nordeste brasileiro

    15/08/2025

    Recorde: safra de grãos 2024/25 atinge 345,2 milhões de toneladas

    14/08/2025

    Agro quer ser parte da solução na COP30, afirma Abag

    12/08/2025

    Cientistas brasileiros descobrem peixe pré-histórico na Antártica

    12/08/2025
    Comentar
    Leave A Reply Cancel Reply

    Em alta

    Cade abre processo contra Moratória da Soja por suspeita de cartel na exportação

    Alta dos fertilizantes pressiona produtores para safra 2025/26

    Mudas de banana-terra anã transformam produção em Mato Grosso

    Tilápia – exportações crescem mas tarifas americanas ameaçam setor

    Ataques de abelhas crescem 80% e já matam mais que serpentes

    Kakapos: papagaio mais gordo do mundo luta contra a extinção

    Agro em Campo
    Agro em Campo

    Somos o Agro em Campo, uma plataforma de conteúdo que engaja temas relevantes do segmento Agro por meio de notícias no ambiente digital.

    Produzimos conteúdo de qualidade e independência editorial do Brasil para mundo.

    Somos sustentáveis, somos o sonho de uma sociedade que gera alimentos, influência, boas práticas ambientais e representatividade na economia. Temos orgulho de sermos Agro.

    Últimas Publicações

    Como uma fazenda revoluciona o agronegócio sustentável no Nordeste

    19/08/2025

    Novo indutor de ovulação aumenta taxa de prenhez em vacas em até 9%

    19/08/2025

    Trigo cai no Brasil com pressão externa e dólar

    19/08/2025
    © 2025 AGRO EM CAMPO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar.