Resumo da notícia
- A produção de peixes no Espírito Santo cresceu 73% desde 2017, alcançando 7,1 mil toneladas em 2024, com a tilápia representando 99,46% do total produzido.
- O valor da produção mais que dobrou em quatro anos, chegando a R$ 68,4 milhões em 2024, impulsionado por modernização tecnológica e organização produtiva.
- Linhares lidera a produção estadual com 45,5% do total, e o setor avança com inovações como melhoria genética e controle sanitário, garantindo qualidade e fornecimento estável.
O Espírito Santo recupera sua força na produção de peixes cultivados. O estado alcançou 7,1 mil toneladas em 2024, volume 73% superior ao registrado em 2017, quando a produção atingiu seu ponto mais baixo com 3,73 mil toneladas. A tilápia concentra praticamente toda a atividade aquícola estadual. A espécie responde por 99,46% da produção capixaba e registrou 7,03 mil toneladas em 2024. Os demais peixes representam menos de 1% do volume total.
O setor movimentou R$ 68,4 milhões em 2024, mais que o dobro dos R$ 26,3 milhões contabilizados em 2020. Os números demonstram não apenas a recuperação quantitativa, mas também o ganho de valor agregado na atividade.
A aquicultura capixaba atravessou um período de oscilações entre 2014 e 2020. A partir de 2021, o setor retomou trajetória consistente de crescimento, apoiado em modernização tecnológica e organização produtiva.
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Linhares concentra quase metade da produção estadual
Três municípios concentram a maior parte da tilapicultura capixaba. Linhares lidera o ranking com 3,2 mil toneladas, equivalente a 45,5% do total estadual. Domingos Martins ocupa a segunda posição com 1,4 mil toneladas (20,05%), seguido por Marechal Floriano com 550 toneladas (7,82%).
Guarapari, Muniz Freire e Alegre também expandem seus sistemas produtivos. Esses municípios investem em tecnologias adaptadas às condições locais e ampliam sua participação no setor.
O crescimento recente reflete a capacidade do setor em incorporar inovações. Os produtores capixabas adotam melhoria genética, sistemas de aeração, alimentação balanceada e protocolos rigorosos de controle sanitário.
A tilapicultura capixaba conquista espaço no mercado pela regularidade do produto. A espécie atende tanto o varejo quanto a indústria, setores que demandam qualidade consistente e fornecimento estável.
Estado aposta na atividade como vetor de desenvolvimento
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destaca o papel estratégico da tilápia. “O Estado vive um ciclo de crescimento sustentado, fruto dos investimentos em tecnologia, qualificação e organização produtiva. Esse resultado representa mais renda para as famílias rurais, diversificação econômica e segurança alimentar para a população”, afirma Bergoli.
A tilapicultura se consolida como uma das atividades mais promissoras do agronegócio capixaba. O setor combina geração de renda no campo, diversificação da economia regional e oferta de proteína de qualidade para a população.