Resumo da notícia
- O Vazio Sanitário do Algodão em São Paulo começa em 1º de agosto, exceto para 109 municípios do noroeste que terão período diferenciado de 10 de setembro a 10 de novembro devido ao ciclo prolongado da cultura.
- A medida visa controlar o bicudo-do-algodoeiro, praga que pode reduzir a produtividade em até 70%, obrigando a eliminação de plantas e monitoramento de rebrotes para proteger a próxima safra.
- Produtores devem cadastrar áreas no sistema GEDAVE em até 15 dias após o cultivo e podem ser multados em caso de descumprimento das normas, com fiscalização intensificada durante o período.
- O controle do bicudo é fundamental para manter a qualidade e competitividade do algodão paulista, seguindo o Programa Nacional de Controle do Bicudo do Ministério da Agricultura.
Resumo gerado pela redação.
O Vazio Sanitário do Algodão entra em vigor nesta sexta-feira (1º de agosto) em todo o Estado de São Paulo, com exceção de 109 municípios do noroeste, que terão um calendário diferenciado. A medida, estabelecida pela Resolução SAA nº 30/2024, visa controlar o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), praga que pode causar perdas de até 70% na produtividade.
Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal, explica que o período sem plantas vivas reduz a reprodução do inseto. “Sem alimento, a população da praga diminui, protegendo a próxima safra”, afirma.
Regras para os produtores
Eliminar todas as plantas e soqueiras (restos de cultivo) até 30 de setembro.
Monitorar rebrotes, já que o algodão é de difícil erradicação.
Cadastrar áreas de plantio no sistema GEDAVE em até 15 dias após o fim do cultivo.
Quem descumprir as normas pode sofrer multas e sanções.
Regionalização do vazio sanitário
Enquanto a maior parte de SP segue o período de 1º de agosto a 30 de setembro, 109 municípios – como São José do Rio Preto, Barretos e Votuporanga – terão o vazio entre 10 de setembro e 10 de novembro.
“Essa região planta algodão após a soja, estendendo o ciclo da cultura. Por isso, o período foi ajustado”, explica Paloschi.
Por que o bicudo é tão perigoso?
- Ataca botões florais e maçãs, causando queda prematura.
- Se alimenta de fibras e sementes, reduzindo a qualidade do algodão.
- Pode dizimar lavouras se não for controlado.
A medida segue o Programa Nacional de Controle do Bicudo, do Ministério da Agricultura (MAPA), e é essencial para manter a competitividade do algodão paulista.
Produtores devem ficar atentos, pois os órgãos de fiscalização vão intensificar as ações para garantir o cumprimento das regras.
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