Uma operação de fiscalização realizada na manhã desta quinta-feira (12) resultou na apreensão de cerca de três toneladas de pescado ilegal em uma fábrica clandestina no bairro Ipê, em Guaíba. A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e o 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) conduziram a ação como parte das estratégias do governo estadual para proteção ambiental.
A fiscalização teve início após denúncia ao Batalhão Ambiental, que identificou a atividade irregular. A fábrica operava sem licença ambiental e apresentava condições inadequadas para o processamento e comércio de peixes. Entre os pescados apreendidos, foram encontradas cinco espécies ameaçadas de extinção: bagre, arraia-viola, cação-anjo e duas espécies de tubarão-martelo.
Mateus Leal, chefe da Divisão de Controle e Monitoramento da Qualidade Ambiental da Sema, destacou. “Ao chegar ao local, identificamos uma indústria clandestina, com pescados sem origem, sem condições sanitárias e sem autorização para funcionamento. Conseguimos o flagrante e interrompemos essa atividade ilegal.”
Os agentes autuaram a empresa por crimes ambientais, como funcionamento sem autorização, processamento ilegal de pescado e poluição ambiental. Os responsáveis descartavam resíduos do processamento de forma irregular em um arroio próximo, o que agravou o impacto ambiental. A equipe conduziu oito pessoas à delegacia, onde registrou boletins de ocorrência e autos de constatação de crime ambiental, além de adotar as demais medidas legais cabíveis.
Denúncia levou autoridades até fábrica
O coronel Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante do Comando Ambiental da Brigada Militar, afirmou: “Recebemos a denúncia sobre o processamento e venda de espécies ameaçadas. Confirmamos a irregularidade e iniciamos o processo criminal. Essa parceria com a Sema tem gerado resultados positivos.”
Segundo a Seapi, o pescado apreendido não possui certificação de origem nem condições sanitárias adequadas, apresentando riscos à saúde pública. O laudo técnico da secretaria concluiu que os produtos são impróprios para consumo e serão destruídos com destinação final adequada.
João Lucho, fiscal estadual agropecuário da Seapi, ressaltou: “Os produtos fiscalizados eram sem procedência e ofereciam risco à saúde, o que motivou a apreensão e inutilização do material.”
A operação reforça o compromisso das autoridades estaduais na fiscalização contra o comércio ilegal de pescado e na preservação das espécies ameaçadas, garantindo a segurança alimentar e ambiental da população.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Histórias em quadrinhos aproximam crianças com o universo agro
+ Agro em Campo: Camu-camu, a bebida que tem 37x mais vitamina C que a laranja