A Petrobras identificou uma nova acumulação de petróleo abaixo do reservatório principal do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O volume foi detectado em uma profundidade de 5.600 metros, por meio de testes realizados no local.
Segundo a estatal, a inspeção utilizou perfis elétricos gerados por uma sonda introduzida na nova perfuração. Os dados coletados estão em análise nos laboratórios da empresa para determinar as características geológicas e hidrológicas da descoberta.
O Consórcio da Jazida Compartilhada de Búzios, liderado pela Petrobras, seguirá com as análises para definir os próximos passos na exploração da área. Ou seja, a Petrobras lidera o grupo com 88,98% de participação, em parceria com a CNOOC (7,34%) e a CNPC (3,67%), enquanto a PPSA atua como gestora.
Produção do pré-sal segue em alta
A produção média anual de petróleo e gás natural no Brasil alcançou 4,322 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em 2024, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em resumo, desse total, 3,358 milhões de barris por dia (bbl/d) correspondem ao petróleo.
O pré-sal respondeu por 78% da produção nacional, com jazidas localizadas entre mil e seis mil metros abaixo do nível do mar. O campo de Búzios, considerado o maior do mundo em águas ultraprofundas, fica a 189 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e opera em larga escala desde 2015.
Em março de 2024, o campo superou a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos. No ano, a produção de Búzios cresceu 2,40% em relação a 2023. Ou seja, o volume representou 19,53% da produção marítima do país, conforme o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP.