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Porco Moura: Paraná preserva raça que revoluciona a carne suína gourmet no Brasil

Raça nativa resgatada da extinção conquista mercado com carne marmorizada e selo de qualidade. Estado lidera 74% da produção nacional.
Henrique RodartePor Henrique Rodarte27/03/2025
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Foto: Projeto Porco Moura/UFPR
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O Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil (21,5% do mercado nacional), está escrevendo um novo capítulo na suinocultura: o resgate do Porco Moura, raça crioula com carne comparada a cortes bovinos premium. Com 3.500 animais registrados em 2024 – 74% deles no Estado –, a espécie, quase extinta nos anos 1970, virou símbolo de gastronomia sustentável e alavanca projetos de Indicação Geográfica (IG).

Originário das missões jesuíticas do século XVI, o Porco Moura foi essencial no Brasil colonial: sua banha abastecia lamparinas e cozinhas até ser substituída por óleos vegetais. Com a industrialização, raças europeias de engorda rápida dominaram o mercado, quase extinguindo a Moura. “Em 2014, restavam 625 animais. O Paraná salvou a raça”, afirma Marson Bruck Warpechowski, coordenador do Projeto Porco Moura da UFPR, retomado em 2014 após décadas de esquecimento.

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Em 2024, a raça foi declarada Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná, e uma portaria inédita da Adapar regulamenta sua criação em sistema extensivo, garantindo biosseguridade e bem-estar animal.

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Carne marmorizada e produção 100% natural: o diferencial

Enquanto suínos industriais atingem o abate em 150 dias, o Moura leva 300 dias, criado solto e alimentado com frutas, tubérculos e pastagens. O resultado é uma carne com:

  • Marmoreio superior: Gordura intramuscular que garante maciez e suculência.
  • Coloração vermelho intenso: Similar a cortes bovinos como prime rib e T-bone.
  • Espessura de toucinho: 3 cm a 5 cm, contra 0,5 cm a 1,5 cm dos industriais.
Projeto de IG e charcutaria premium colocam o Paraná no mapa da gastronomia sustentável. Foto: Projeto Porco Moura/UFPR

“Sua adaptação genética ao clima sulista e dieta diversificada criam um terroir único”, destaca Warpechowski. A carne já é vendida em açougues e restaurantes de Curitiba, com rastreabilidade e preços até 30% mais altos que o convencional.

Do abate ao selo de origem

A falta de abatedouros adaptados ainda é um entrave. “Frigoríficos industriais não processam pequenos lotes, encarecendo a logística”, explica Warpechowski. Para viabilizar a cadeia, o Paraná discute a criação de uma marca coletiva e o registro de IG, seguindo o modelo do presunto ibérico espanhol.

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Carne do Moura tem marmoreio superior e valor 30% mais alto que a suína industrial. Foto: Projeto Porco Moura/UFPR

Outra frente é a charcutaria gourmet: cortes como ancho steak e bochecha têm atraído chefs e consumidores premium. “Produtos diferenciados agregam valor e justificam o custo”, afirma o professor.

Legislação pioneira e futuro sustentável

A Adapar finaliza a primeira normativa nacional para criação extensiva, com regras claras sobre biosseguridade, espaço por animal e limites para produção de subsistência. “A portaria protege toda a cadeia, inclusive a industrial”, afirma João Humberto Teotônio de Castro, chefe de sanidade suína da agência.

A expectativa é que o texto, publicado em abril de 2024, anteceda a Semana Estadual dos Porcos Crioulos em maio – data que celebra a tradição e impulsiona o mercado.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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