O preço do açúcar cristal no mercado paulista experimentou flutuações significativas na última semana, com variações tanto positivas quanto negativas. Pesquisadores do Cepea apontam que essa instabilidade, no final da entressafra 2024/25, resulta da postura das usinas, que exigem valores diferenciados para os tipos Icumsa 150 e Icumsa 180. A diferença entre esses tipos chegou a R$ 17 por saca de 50 kg nas vendas no mercado spot.
No período de 17 a 21 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ para açúcar de cor Icumsa entre 130 e 180 foi de R$ 138,83 por saca de 50 kg, uma queda de 1,24% em relação ao período anterior. Essa volatilidade reflete a dinâmica do mercado, onde os agentes buscam maximizar seus ganhos em um cenário de incertezas.
No contexto global, o preço do açúcar em 2025 está marcado por tendências de alta, impulsionadas por demanda crescente e restrições na oferta. Em janeiro de 2025, os preços do açúcar no mercado internacional registraram aumentos. O contrato de maio de 2025 subiu 1,40% atingindo US$ 555,40 por tonelada.
Na Europa, os preços do açúcar branco também aumentaram, influenciados por condições climáticas adversas e alta demanda global.
Além disso, a recuperação da demanda global pós-pandêmica e a escassez de oferta em regiões como a Índia e a Tailândia têm contribuído para o aumento dos preços. No entanto, a competição de alternativas naturais e artificiais ao açúcar continua a pressionar o mercado tradicional, forçando as empresas a diversificar suas ofertas.
Portanto, a combinação de fatores globais e locais mantém o mercado de açúcar em um estado de constante ajuste e adaptação.
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