O prêmio pago pela soja brasileira em relação aos contratos futuros da bolsa de Chicago subiu impressionantes 70%, segundo dados do CEPEA. Esse aumento reflete a intensificação do conflito comercial entre os EUA e a China, que impôs tarifas a produtos agrícolas americanos. A taxa adicional sobre a soja foi de 10%. Portanto, a demanda internacional pela soja brasileira aumentou significativamente.
No porto de Paranaguá, um dos principais pontos de exportação do país, o prêmio de exportação da soja alcançou 85 centavos de dólar por bushel para embarque em março. É o maior valor desde 2022. Consequentemente, o preço FOB da soja em Paranaguá subiu 2,3% entre 27 de fevereiro e 6 de março, atingindo US$404,11 por tonelada.
Além disso, a China, maior importador mundial de soja, já foi destino de 79% das exportações brasileiras de soja nos primeiros dois meses do ano, superando os 75% do mesmo período em 2024. Assim, especialistas prevêem que a China continuará a buscar mais produtos do agronegócio brasileiro. Como consequência pode impactar os preços das matérias-primas e custos para as indústrias no Brasil.
No entanto, a desvalorização do dólar frente ao real limitou a alta no mercado spot nacional. Por outro lado, a colheita de soja no Mato Grosso, que produz mais de 25% da safra nacional, está avançando, o que pode influenciar futuros movimentos de preços.
Em resumo, o cenário atual sugere que a soja brasileira continuará sob forte demanda internacional, impulsionada pelo conflito comercial entre EUA e China.
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