Dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelam crescimento histórico na produção de mandioca e redução de custos para o consumidor.
A produção de mandioca no Brasil atingiu um novo patamar nos primeiros meses de 2025, com processamento recorde de 398,5 mil toneladas entre 1º de janeiro e 21 de fevereiro, segundo relatório do Cepea divulgado nesta segunda-feira (24.fev.2025). O volume representa aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2024 e marca o maior índice desde o início da série histórica, em 2006.
Queda nos preços
O aumento da oferta já reflete no mercado. O preço médio da tonelada de mandioca (posta na fecularia) registrou queda de 3% na semana de 17 a 21 de fevereiro, fechando a R$ 568,52. No acumulado do mês, a redução chega a 11,7%, com destaque para o recuo de 5,3% já em janeiro.
Especialistas atribuem a tendência de baixa ao aumento da produção, que superou expectativas e elevou a disponibilidade do produto. “O recorde no processamento pressiona os preços, beneficiando indústrias e consumidores. Mas exige atenção dos produtores para equilibrar oferta e demanda”, explica Maria Souza, analista do Cepea.
Contexto histórico
A mandioca, base de alimentos como a farinha e o polvilho, é um dos cultivos mais importantes para a agricultura familiar no Brasil. O novo patamar de produção reforça a recuperação do setor após desafios climáticos e logísticos enfrentados em anos anteriores.
Com a safra em alta, analistas projetam que os preços podem continuar em trajetória descendente caso a produção mantenha o ritmo. A tendência, porém, dependerá de fatores como demanda internacional e custos de insumos, como fertilizantes e transporte.
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