A Fundação CERTI concluiu a primeira fase do projeto “Mais Floresta com Araucária”, restaurando 262 hectares de Mata Atlântica nas regiões da Serra e Meio Oeste de Santa Catarina. A iniciativa foifinanciada pelo BNDES por meio do edital Restauração Ecológica. E recuperou uma área equivalente a mais de 260 campos de futebol, com o plantio de cerca de 40 mil mudas de espécies nativas, incluindo a emblemática araucária (Araucaria angustifolia).
O projeto contou com a participação de mais de 100 agricultores locais e apoio técnico das universidades UDESC, UFSC e IFSC. E visa fortalecer a biodiversidade e promover a sustentabilidade econômica por meio da valorização de espécies como a erva-mate, goiabeira-serrana, imbuia e casca d’anta. As araucárias, além de símbolo do ecossistema local, contribuem para a produção do pinhão, importante fonte de alimento e renda para comunidades da região.

Segundo Victor Augusto Moreira, coordenador de projetos do Centro de Economia Verde da CERTI, a restauração da Mata Atlântica traz benefícios ambientais como regulação climática, preservação de recursos hídricos e provisão de alimentos, além de impulsionar a economia local. “Nossa intenção foi contribuir para esse ecossistema tão importante, hoje reduzido a menos de 3% da cobertura original”, afirma Moreira.
Além do reflorestamento, o projeto implantou módulos de sistemas agroflorestais em assentamentos da reforma agrária. E também promoveu capacitações em práticas agrícolas sustentáveis, ampliando as oportunidades para agricultores familiares. A rede de parceiros também viabilizou a criação de viveiros florestais, garantindo infraestrutura para futuras ações de restauração e conservação.

A restauração abrangeu Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Privadas do Patrimônio Natural (RPPN) e áreas de Reserva Legal, consolidando um modelo viável de recuperação ambiental que alia conservação da biodiversidade, geração de renda e bem-estar para as comunidades rurais catarinenses.
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