Uma onça-pintada virou protagonista de um verdadeiro espetáculo da natureza em Porto Jofre, a 104 km de Cuiabá (MT), no coração do Pantanal. O salto cinematográfico da Rainha do Pantanal, ao mergulhar no rio atrás da presa, foi publicado pelo perfil Pantanal Blog. O vídeo se alastrou nas redes sociais.
Com um bote certeiro e um pulo que beirou os dois metros, a onça riscou o ar como um raio dourado, deixando claro quem manda nas águas do Pantanal. A cena, digna de aplausos, trouxe à tona toda a habilidade desse predador que reina absoluto entre jacarés, capivaras e até sucuris.
Grande nadadora
Enquanto outros grandes felinos preferem correr na terra firme, a onça-pintada se joga na água sem pensar duas vezes. Nadadora nata, chega a atingir 32 km/h em seus nados silenciosos. Com sua mandíbula que mais parece uma prensa hidráulica, ela perfura carapaças e crânios como quem parte um galho seco. É como se a selva lhe desse carta branca para mandar no pedaço.
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A destreza não vem só do corpo musculoso, mas do instinto apurado. A onça é mestra das emboscadas. Espera, analisa, se esconde, calcula cada passo — e, no momento certo, salta. Um salto que, naquele dia em Porto Jofre, parecia desafiar a gravidade.
O Pantanal, com suas curvas d’água e ilhas que mudam de lugar a cada cheia, é mais que um lar. É palco. E a onça, com seu manto dourado e manchas negras, é atriz principal. Ela não apenas caça, mas performa. Nada de coadjuvante: é estrela, a Rainha do Pantanal.
A cena impressionante levanta, no entanto, um alerta. O espetáculo só acontece porque ainda há palco. Sem o Pantanal, sem a mata ciliar, sem as margens onde ela pisa e os rios onde ela se lança, não tem salto. Não tem onça. O rugido vira silêncio.
Por isso, o vídeo não é só bonito — é um grito. Um lembrete de que, por trás de cada clique, há um ecossistema inteiro tentando continuar de pé. A rainha do Pantanal mostrou serviço. Agora, é nossa vez de garantir que o show não pare.
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