O cheiro do café voltou a perfumar as estradas e caminhos do interior paulista. O Governo de São Paulo lançou o “Rotas do Café de São Paulo”. O projeto transforma a história do grão em roteiro turístico e esperança de desenvolvimento regional.
A proposta conecta 25 cidades e 57 atrações ligadas ao universo cafeeiro, incluindo fazendas de antigos barões, museus, centros de pesquisa e cafeterias premiadas.
Ao todo, cinco rotas foram mapeadas. Todas entrelaçam paisagens, sabores e memórias. É como se cada estrada recontasse, em goles e curvas, o percurso do próprio estado.
- Cuesta (com Brotas, Dois Córregos e Dourado)
- Circuito das Águas (com Serra Negra, Monte Alegre do Sul, Amparo e Campinas)
- Mantiqueira Vulcânica (com Caconde, Espírito Santo do Pinhal e Águas da Prata)
- Mogiana (Franca, Pedregulho, Patrocínio Paulista e Cristais Paulista)
- Alta Paulista (com Marília e Garça)
“O lançamento de hoje tem significado histórico. São Paulo se desenvolveu às margens dos trilhos dos trens, que chegavam ao interior para levar o café até o Porto de Santos”, disse o governador Tarcísio de Freitas.
Emprego e renda
A ação une turismo, cultura e negócios. A promessa é fomentar emprego e renda, aproximar cooperativas e indústrias. O objetivo é portanto movimentar o comércio local e aquecer o setor de serviços, como hotéis e restaurantes.
“Estamos muito focados no desenvolvimento das nossas vocações para fomentar e desenvolver os arranjos e cadeias produtivas para ganhar eficiência do ponto de vista logístico, diminuir a burocracia e tornar o estado mais digital”, afirmou Tarcísio.
E se o café já é sinônimo de produção, agora ele mira no imaginário. A exposição “O Feminino no Café: 1870-1930”, no Palácio dos Bandeirantes vai até 23 de abril, dá o tom da viagem no tempo.
A capital e o interior também vêm surfando na onda das cafeterias de nicho. Desde 2022, cerca de 300 novos estabelecimentos surgiram no estado, segundo a Abic. Além disso, São Paulo consome cerca de 25 milhões de xícaras por dia, e abriga o Cupping Café, considerado um dos cem melhores do mundo.
“Mais uma vez, o Estado reconhece e valoriza as cadeias produtivas locais e promove um esforço conjunto, envolvendo várias secretarias, para aumentar a comercialização e a geração de emprego e renda em São Paulo”, conforme explica Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico.
“Rotas do Café de São Paulo valorizam a identidade dos destinos, destacam os produtores e seus territórios, geram oportunidades de trabalho e oferecem experiências autênticas e sustentáveis”, completou Roberto de Lucena, da secretaria de Turismo e Viagens.
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