O governo de São Paulo vai contratar 28 profissionais para reforçar o combate ao Greening, também conhecido como HLB. O anúncio ocorreu nesta terça-feira (3), durante a abertura da 50ª Expocitros, em Cordeirópolis.
Em geral, a medida envolve um investimento de aproximadamente R$ 4 milhões da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os novos técnicos irão atuar ao lado da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que lidera as ações contra a doença no estado. O edital prevê um termo de cooperação com uma Organização da Sociedade Civil (OSC). O contrato terá validade inicial de um ano com possibilidade de prorrogação.
Formação das equipes
As equipes técnicas serão formadas por quatro técnicos agropecuários, dois engenheiros agrônomos e dois profissionais administrativos. Ao todo, seis equipes vão atuar em regiões estratégicas, ainda em definição.
Segundo o secretário Guilherme Piai, o reforço garante mais eficiência nas ações de monitoramento. “Mais monitoramento significa maior produtividade e segurança para os pomares paulistas”, afirmou. Piai destacou a importância da citricultura para o estado. “São Paulo concentra 80% da produção nacional e gerou quase 50 mil empregos só em 2024”, acrescentou.
De acordo com Alexandre Paloschi, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal, a regionalização das ações é fundamental. “Vamos adaptar as medidas conforme a incidência da doença em cada local”, explicou.
Além do Greening, a CDA atua no controle de outras doenças como o Cancro Cítrico. Ou seja, a coordenadoria realiza fiscalizações, orientações técnicas e ações sanitárias em todo o estado. Em resumo, só em 2024, a CDA realizou 1.743 fiscalizações de Greening, com a retirada de 4,5 milhões de mudas. Além disso, também promoveu 37 palestras educativas voltadas ao público externo.
Legislação estadual
A legislação estadual proíbe o comércio ambulante de mudas cítricas. A prática representa alto risco para os pomares comerciais.
Em maio, duas resoluções da Secretaria ampliaram o rigor contra o Greening. A Resolução nº 23/2025 proíbe plantas hospedeiras da bactéria em imóveis ligados à pasta. Já a Resolução nº 24/2025 proíbe a produção, plantio e comércio da murta, planta usada no paisagismo e hospedeira do vetor da doença. A exceção é para pesquisas científicas autorizadas pela CDA.
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