O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem fortalecido a produção de banana no Brasil por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Ou seja, a iniciativa beneficia pequenos produtores, responsáveis por 98% das unidades atendidas pelo programa.
A banana é a fruta fresca mais consumida no país, com um consumo médio de 25 kg por pessoa ao ano. Portanto, para atender essa demanda, o Senar oferece suporte técnico, promovendo ganhos em produtividade e renda.
Qualidade da fruta
Entre 2018 e 2024, a ATeG garantiu a produção de 217,5 mil toneladas de banana com qualidade diferenciada. Além disso, o programa também elevou a renda de 2.551 famílias produtoras, proporcionando maior estabilidade econômica ao setor. Em resumo, os agricultores assistidos alcançaram uma produtividade média de 15,85 toneladas por hectare, superando a média nacional em cerca de uma tonelada por hectare.
Ao mesmo tempo, a melhoria na gestão da produção também trouxe impactos financeiros. Enquanto outras regiões registraram aumento de 11,45% nos custos, os produtores acompanhados reduziram as despesas de custeio em 0,89%, tornando a atividade mais competitiva e sustentável.
Resultados da qualificação do Senar
O bananicultor Gleder Luiz Teixeira, da Estância São Francisco, em Tangará da Serra (MT), viu sua produção crescer com a ATeG. Desde 2020, sob orientação do engenheiro agrônomo Leandro Raphael Fachi, ele ampliou sua área plantada e multiplicou a produção.
“A assistência do Senar fez toda a diferença. Quando comecei, tinha três a quatro mil covas de banana. Com o suporte técnico, expandi para oito mil, dobrando a área e quadruplicando a produção. As recomendações sobre manejo, administração, adubação e controle de pragas foram fundamentais”, destaca o produtor.
Antes voltada ao arrendamento para soja, a propriedade agora se destaca no cultivo da banana-da-terra-anã. A decisão de investir na bananicultura surgiu após testes com um pequeno pomar irrigado em 2017. O resultado positivo incentivou a expansão da produção em escala comercial a partir de 2018.
Segundo o coordenador técnico da ATeG, Adriano Araújo Pontes, a assistência técnica tem sido essencial para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
“A ATeG promove atendimentos com metodologia própria. O modelo do Senar prevê acompanhamento mensal das propriedades por 24 meses, com foco na melhoria dos processos produtivos, no ótimo econômico e no desenvolvimento social da família rural. Esse suporte garante mais sustentabilidade à produção”, explica Pontes.
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