Close Menu
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Facebook X (Twitter) Instagram
Agro em Campo
  • NOTÍCIAS
  • SUSTENTABILIDADE
  • ARTIGOS
  • LEILÕES
  • EVENTOS
    • Cecafé
Agro em Campo
Home » Sobrevivente do fogo, onça-pintada vira mãe no Pantanal
Notícias

Sobrevivente do fogo, onça-pintada vira mãe no Pantanal

Beto RibeiroPor Beto Ribeiro28/06/2025
Facebook Twitter WhatsApp
Foto: Saul Schramm
Facebook Twitter WhatsApp

Era agosto de 2024. O Pantanal pegava fogo, mais uma vez. Com a fumaça densa e a vegetação seca, os animais corriam como podiam ou nem isso. Foi nesse cenário que Miranda, uma jovem onça-pintada, apareceu: ferida, exausta e encolhida dentro de uma manilha de concreto, no município de Miranda, em Mato Grosso do Sul.

Estava queimada nas quatro patas. A pele chamuscada. As patas em carne viva. Tinha, na época, pouco mais de dois anos. Jovem demais para morrer daquele jeito. Mas, ao contrário do que parecia, aquela onça ainda não estava pronta para desistir.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O resgate durou 26 horas

Veterinários, bombeiros, biólogos. Gente experiente, acostumada a ver de tudo. Mas o resgate de Miranda foi diferente. A operação começou de madrugada e só terminou no fim da tarde. Foram quase 26 horas de tensão, silêncio e cuidado extremo.

Leia Também:

FAB lança 336 mil litros de água no Pantanal

Onça Marcela desfila exuberante no Rio São Lourenço no Pantanal

Fotógrafo flagra onça-pintada caçando jacaré no Pantanal

Depois da sedação, veio a corrida contra o tempo. Ela foi levada para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. Chegou com as patas queimadas até o osso. Ninguém sabia se iria sobreviver.

Tratamento diário, dor e paciência

Durante mais de 40 dias, Miranda foi tratada com tudo o que a medicina veterinária podia oferecer. Curativos todos os dias, pomadas cicatrizantes, sessões de ozonioterapia e muita paciência.

Foto: Alvaro Rezende

Ela não se rendia. Mesmo com dor, aceitava a comida, reagia aos cuidados e, aos poucos, voltava a caminhar. Cada passo era uma conquista.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Os profissionais evitavam criar expectativas. Mas, no fundo, torciam. E torciam muito.

De volta à mata com um segredo

Quando foi solta de novo no Pantanal, em setembro, Miranda já estava inteira. Havia vencido a fase mais crítica da recuperação. Na ocasião, recebeu um colar com GPS, o que permitiu que fosse monitorada à distância, sem interferências diretas em sua rotina. A partir dali, retomou sua liberdade e seguiu seu caminho pela mata.

No entanto, nos meses seguintes, a equipe da ONG Onçafari começou a perceber algo diferente. Ao contrário do que acontece com animais recém-reintroduzidos, Miranda não vagava grandes distâncias. Em vez disso, ela havia escolhido uma área de mata fechada e permanecia por ali, dia após dia, sempre circulando em torno de pontos muito próximos.

Esse padrão, aliás, chamou a atenção justamente por destoar do comportamento típico de onças em fase de readaptação. Por isso, os especialistas passaram a suspeitar de algo a mais.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Esse comportamento era conhecido. As fêmeas costumam agir assim quando têm filhotes. Mas ninguém queria se antecipar. Era cedo demais para comemorar.

A surpresa que emocionou o país

Demorou. Mas, um dia, as imagens vieram. As câmeras instaladas na mata captaram Miranda caminhando com um filhote. Pequeno, curioso, seguindo os passos da mãe.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Onçafari (@oncafari)

O registro correu o país. Era mais do que uma boa notícia. Era um milagre.

Miranda, que quase morreu no fogo, tinha sobrevivido. Mais do que isso: tinha gerado vida.

Um símbolo da resistência pantaneira

A história de Miranda é o retrato do Pantanal em tempos difíceis. Ela resistiu às chamas, às dores, ao confinamento, ao medo e voltou à mata mais forte do que saiu.

Sua sobrevivência é mérito de quem agiu rápido. Mas também é um lembrete: sem prevenção, sem fiscalização, sem investimento, o Pantanal vai continuar sangrando.

Porque, no fim, Miranda sobreviveu. Mas nem todos os bichos têm a mesma sorte.

Leia mais:

+ Agro em Campo: Carne mais cara? Veja o que está por trás da alta

+ Agro em Campo: Brasil perde 94% da população de jumentos

×
azeite
Saiba como escolher azeite e evitar fraudes
Miranda Onça onça-pintada pantanal
Compartilhe Facebook Twitter WhatsApp
AnteriorConheça o programa para aumentar a produção de milho em MS
Próximo Saiba como escolher azeite e evitar fraudes
Beto Ribeiro

Conteúdo Relacionado

Saiba como escolher azeite e evitar fraudes

28/06/2025

Conheça o programa para aumentar a produção de milho em MS

28/06/2025

Carne mais cara? Veja o que está por trás da alta

28/06/2025

Fóssil de tartaruga gigante é descoberto no Acre

28/06/2025

Brasil perde 94% da população de jumentos

28/06/2025

Superação: após perder 70% da safra, azeite mineiro é premiado

28/06/2025
Comentar
Leave A Reply Cancel Reply

Em alta

Superação: após perder 70% da safra, azeite mineiro é premiado

Cientistas revelam poder antienvelhecimento do café

Saiba os benefícios da laranja no inverno; preço caiu 12%

Conheça o potencial para a pecuária no Acre

Veja dicas para fazer uma trilha de forma segura

Agritechnica 2025: conheça a maior feira mundial de máquinas agrícolas

Agro em Campo
Agro em Campo

Somos o Agro em Campo, uma plataforma de conteúdo que engaja temas relevantes do segmento Agro por meio de notícias no ambiente digital.

Produzimos conteúdo de qualidade e independência editorial do Brasil para mundo.

Somos sustentáveis, somos o sonho de uma sociedade que gera alimentos, influência, boas práticas ambientais e representatividade na economia. Temos orgulho de sermos Agro.

Institucional
  • Quem Somos
  • Notícias
  • Sustentabilidade
  • Eventos
  • Leilões
Últimas Publicações

Saiba como escolher azeite e evitar fraudes

28/06/2025

Sobrevivente do fogo, onça-pintada vira mãe no Pantanal

28/06/2025

Conheça o programa para aumentar a produção de milho em MS

28/06/2025
© 2025 AGRO EM CAMPO

Digite acima e pressione Enter para pesquisar.