O mercado internacional de grãos reagiu com força às mudanças de Trump no plano tarifário dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (9/4), o presidente Donald Trump recuou de forma parcial nas sanções comerciais. A soja respondeu de imediato: subiu 2,01% e encerrou o pregão a US$ 10,1275 o bushel, no contrato para maio.
Durante a sessão, a oleaginosa se manteve estável. No entanto, a notícia da suspensão de tarifas nos minutos finais virou o cenário. Trump decidiu adiar por 90 dias as tarifas recíprocas a diversos parceiros comerciais — com exceção da China.
Mais cedo, a China havia anunciado novas retaliações. Ou seja, o país asiático impôs tarifas de 84% sobre produtos dos EUA. Apesar da tensão, os preços dos grãos mostraram pouca oscilação até o anúncio da Casa Branca.
Milho também avança com recuo dos EUA
O milho acompanhou o movimento de alta puxado pela soja. Em resumo, os contratos do cereal para maio fecharam com valorização de 1,07%, cotados a US$ 4,74 o bushel. Portanto, a reversão na postura de Trump abriu espaço para retomada das negociações com a União Europeia. O bloco representa um dos maiores compradores globais de milho.
Trigo reage e fecha com leve alta
O trigo também oscilou ao longo do dia e fechou em alta. Ou seja, os investidores acompanharam com cautela os impactos da disputa comercial nos preços dos grãos. Os contratos do trigo com entrega para maio subiram 0,42%, encerrando o pregão a US$ 5,4225 o bushel, na Bolsa de Chicago.
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