As tarifas protecionistas dos Estados Unidos continuam pressionando as commodities agrícolas na bolsa de Nova York. Nesta terça-feira (8/4), mesmo com fundamentos de alta, os mercados reagiram com cautela.
Cacau
O cacau subiu 3,44% e fechou a US$ 7.721 por tonelada, com entrega prevista para julho. A valorização ocorreu apesar da queda na produção global, que costuma impulsionar os preços.
Café
O café arábica também avançou. Os contratos com vencimento em maio subiram 0,55%, cotados a US$ 3,419 por libra-peso. No entanto, analistas atribuem o movimento à insegurança dos investidores diante da escalada tarifária iniciada pelos EUA.
“O café está sendo tarifado, mesmo sem produção significativa nos EUA, exceto no Havaí. O Vietnã também sofre com tarifas pesadas. A oferta brasileira segue limitada, o que contribui para a queda nos preços.
A tensão no comércio global aumentou com a vigência das tarifas. O mercado teme que a combinação de preços altos e menor demanda provoque recessão internacional.
Açúcar
No caso do açúcar demerara, o câmbio também influenciou os preços. A queda do real frente ao dólar estimulou as exportações do Brasil, maior produtor global da commodity. Com isso, os contratos com vencimento em maio recuaram 1,98% e fecharam a 18,31 centavos de dólar por libra-peso.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) liderou os ganhos do dia. Os contratos futuros com entrega em maio subiram 10,74%, encerrando a US$ 2,3465 por libra-peso.
Algodão
Já o algodão registrou leve baixa. Os papéis com vencimento em maio caíram 0,65% e foram negociados a 65,55 centavos de dólar por libra-peso.
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