Tico, uma anta macho que se tornou uma sensação na cidade de Anaurilândia, está conquistando os corações dos moradores e usuários das redes sociais. Resgatado em estado debilitado, Tico encontrou um novo lar e agora é uma presença constante nas ruas da cidade, onde passeia e interage com a comunidade.
Desde que foi acolhido por um morador local, Tico se adaptou rapidamente à vida urbana. Ele explora as ruas com frequência, atraindo a atenção de moradores e turistas, que não resistem a registrar momentos ao lado do adorável animal.Sua doçura e comportamento amigável têm feito dele uma verdadeira celebridade nas redes sociais, com vídeos e fotos viralizando no Instagram e TikTok.
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A relação de Tico com a comunidade é um exemplo notável de como a fauna silvestre pode se integrar à vida urbana. Os moradores relatam que a anta não apenas passeia pelas ruas, mas também já entrou em casas, criando momentos divertidos e inusitados compartilhados entre amigos e familiares.
No vídeo abaixo, ela entra na residência do seu José Maurício, de 81 anos, como se fosse de “casa” e em busca do café da manhã, com muita naturalidade.
@campograndenews Uma anta macho já está quase fazendo parte de uma família em Anaurilândia, a 379 quilômetros de Campo Grande. No último final de semana, Tico, como foi nomeada o animal, entrou na residência do seu José Maurício, de 81 anos, como se fosse de “casa” e até comeu algumas frutas. 👉 Matéria completa em nosso site, link na bio. Matéria: Lucas Mamédio
Preservação
Além de ser uma atração local, Tico também levanta questões sobre a convivência entre humanos e animais silvestres. A história do animal resgatado destaca a importância da preservação da fauna e a necessidade de cuidados adequados para garantir o bem-estar dos animais.
Os vídeos de Tico têm gerado discussões nas redes sociais sobre a proteção da fauna local e o papel das comunidades na preservação dos animais silvestres. Com sua popularidade crescente, Tico não é apenas uma anta querida; ele se tornou um símbolo da harmonia entre natureza e urbanidade em Anaurilândia.
Com o apoio da comunidade, espera-se que Tico continue a inspirar amor e conscientização sobre a vida selvagem, mostrando que é possível criar laços afetivos com os animais que compartilham nosso espaço.
Sobre a espécie
As antas, conhecidas cientificamente como Tapirus terrestris, são mamíferos perissodáctilos pertencentes à família Tapiridae. Elas são encontradas desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, habitando áreas abertas ou florestas próximas a cursos d’água. No Brasil, ocorrem principalmente nos biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica.
As antas possuem uma morfologia robusta e arredondada, semelhante à de um porco. São os maiores mamíferos terrestres do Brasil. As fêmeas geralmente são maiores que os machos. Um adulto pode pesar de 180 a 300 kg, ter cerca de 1 metro de altura e mais de 2 metros de comprimento. Sua pelagem é curta e eriçada, geralmente marrom escura, cinza ou preta. Uma característica marcante é a presença de uma pequena tromba móvel e sensível ao toque, utilizada para coletar alimentos. As patas traseiras possuem três dedos (tridáctilas) e as dianteiras quatro (tetradáctilas).
Comportamento e Hábitos
Antas vivem em áreas densas, próximas a rios e lagos. São animais solitários com hábitos noturnos, descansando durante o dia. Possuem boa audição e olfato, compensando a visão ruim. São excelentes nadadoras, conseguindo atravessar grandes rios. Gostam de se enlamear para se livrar de carrapatos e moscas. Utilizam urina e fezes para demarcar território e emitem diferentes sons para interações sociais.
- Alimentação: São herbívoras, consumindo frutas, flores, folhas, cascas e galhos. Usam o olfato para encontrar e identificar alimentos. As antas são consideradas “jardineiras da floresta” devido ao seu papel na dispersão de sementes.
- Reprodução: A gestação dura de 13 a 14 meses, resultando geralmente em um único filhote. Os filhotes nascem com manchas brancas que servem de camuflagem, desaparecendo em torno dos 6 meses.
- Conservação: As antas são consideradas “vulneráveis” devido à caça, desmatamento, fragmentação e alteração de habitats. No Pantanal e na Amazônia, a situação é menos preocupante, mas em biomas como a Mata Atlântica, restam poucas populações viáveis.
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