Os Estados Unidos ampliaram sua ofensiva comercial. O presidente Donald Trump anunciou tarifa de 30% sobre produtos do México e da União Europeia. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto. Com isso, Washington aumenta a pressão sobre aliados estratégicos e eleva o risco de retaliações.
Postura agressiva
Desde que reassumiu a presidência, Trump adota postura agressiva em acordos comerciais. Ele busca rever termos e impor tarifas unilaterais. Segundo o republicano, o objetivo é proteger a indústria americana e reduzir déficits considerados excessivos com parceiros internacionais.
Tarifa anunciada por redes sociais
As novas tarifas atingem dois importantes blocos comerciais. O México e a União Europeia somam grande parte das importações dos EUA. Trump anunciou as tarifas neste sábado (12), pelas redes sociais. Ele também divulgou cartas enviadas aos dois líderes estrangeiros.
Os documentos foram enviados na sexta-feira (11). Eles justificam as tarifas como necessárias à defesa dos interesses americanos. Na carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump classificou o déficit com o bloco como “inaceitável”. Ele afirmou que a União Europeia adota políticas tarifárias e não tarifárias injustas, gerando um comércio “longe de ser recíproco”.
Somente em 2024, o déficit comercial dos EUA com o bloco europeu alcançou US$ 235,6 bilhões, segundo dados oficiais. O presidente defendeu a tarifa como forma de corrigir o desequilíbrio. Ele também alertou sobre possíveis aumentos, caso haja retaliação.
Resposta com promessa de reação
A resposta europeia veio poucas horas depois. Von der Leyen alertou sobre os impactos nas cadeias de suprimento transatlânticas. Ela afirmou que a tarifa pode afetar empresas, consumidores e até pacientes nos dois continentes. E prometeu reação. “Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE”, disse a presidente da Comissão Europeia.
Apesar da tensão, os 27 países do bloco europeu ainda esperam por um desfecho diplomático antes do início da vigência. O Brasil, que pode ser taxado em 50% a partir do mês que vem, espera pelo acordo comercial entre o MERCOSUL e a União Europeia. As mudanças geopolíticas podem finalmente acelerar esse processo.
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