A oferta interna de carne bovina atingiu um recorde histórico no início de 2025. Segundo o Cepea, a soma de janeiro e fevereiro pode ter superado em 10% o volume do primeiro bimestre de 2024 e em 38% o de 2023. O aumento na produção impulsionou a disponibilidade, mas os preços seguiram em alta. O valor médio da carcaça com osso no atacado da Grande São Paulo subiu 25% em relação ao início do ano passado, já considerando a correção pelo IGP-DI. O preço do boi gordo no estado de São Paulo (Indicador CEPEA/ESALQ) avançou 23% no mesmo período.
As exportações também cresceram. Segundo estimativas do Cepea, o volume embarcado no primeiro bimestre subiu cerca de 6% em relação ao mesmo período de 2024 e 33% na comparação com 2023. Para os pesquisadores, esses números mostram a força produtiva da pecuária nacional e a resiliência do consumo interno, impulsionado pela baixa taxa de desemprego.
Janeiro registrou a maior disponibilidade interna de carne bovina da história, segundo cálculos do Cepea. Em fevereiro, no entanto, houve uma queda estimada de quase 9% em relação ao mês anterior, reflexo da redução nos abates. Ainda assim, o volume disponível superou em 7% o registrado no mesmo período de 2024.
Carne suína perde competitividade frente a concorrentes
A carne suína perdeu competitividade em fevereiro diante das principais concorrentes, bovina e de frango. Levantamentos do Cepea indicam que os preços da proteína suína subiram mais que os da carne de frango no atacado da Grande São Paulo. Ao mesmo tempo, a carcaça bovina se desvalorizou no período.
O preço médio da carcaça especial suína avançou 10,8% em relação a janeiro, chegando a R$ 13,20/kg no mês passado. Mesmo com a forte queda nos preços dos cortes suínos na última semana de fevereiro, o valor médio da carne seguiu em alta.
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