O Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), conhecido como o “gigante vermelho” dos rios amazônicos, virou sensação entre pescadores profissionais e celebridades. Com registros de exemplares que ultrapassam 1,5 metro e 50 quilos, a espécie combina desafio, beleza exótica e status de troféu, atraindo até nomes famosos como o cantor Henrique, que recentemente postau fotos e vídeos com o peixe.
Endêmico da Bacia Amazônica, o Pirarara é um dos maiores bagres de água doce do mundo. Sua coloração avermelhada, barbilhões longos e corpo robusto o tornam inconfundível. Biólogos explicam que ele habita áreas profundas de rios como o Madeira e o Araguaia, onde se alimenta de peixes menores, crustáceos e até frutas – um verdadeiro oportunista subaquático.
Dados Técnicos:
- Tamanho médio: 1 a 1,5 metro
- Peso: Entre 30 e 50 kg (recordes chegam a 60 kg)
- Expectativa de vida: Até 20 anos
Famosos na onda do pirarara
A febre pelo Pirarara ganhou holofotes quando celebridades começaram a compartilhar capturas nas redes sociais. No instagram, várias contas mostram a pesca, como o pescador Andre Victor, que conta com quase 100 mil seguidores.
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Outra referência é Bruno Bueno, do canal Pirararas, que conta com 75 mil seguidores.
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Já o cantor Henrique postou em seu Instagram uma foto segurando um pirarara durante uma expedição. Até internacionalmente, o peixe chamou atenção: o apresentador Jeremy Wade, do River Monsters, dedicou um episódio à espécie, destacando sua força em ataques espetaculares.
Desafio + sustentabilidade: a chave da popularidade
Pescadores destacam que fisgar um Pirarara exige técnica e equipamento pesado, já que o peixe briga com força e mergulha em corredeiras. “É como puxar uma pedra viva”, brinca o guia de pesca amazonense José Ribeiro.
Porém, o IBAMA alerta: a espécie está sujeita a regras rígidas, como tamanho mínimo de captura (1 metro) e proibição durante a piracema (período reprodutivo). ONGs também incentivam o catch and release (pesque e solte) para preservar populações.
Mistério e cultura: o peixe que inspira lendas
Além do apelo esportivo, o Pirarara carrega misticismo. Tribos indígenas o associam a mitos de proteção, enquanto ribeirinhos contam histórias de ataques a banhistas – embora biólogos afirmem que esses casos são raros. Seu nome, derivado do tupi, significa “peixe com cabeça dura”, referência à sua resistência física.
Onde encontrar o Pirarara?
Os melhores pontos de pesca estão nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso, principalmente entre julho e outubro, quando as águas estão mais baixas. Embarcações especializadas oferecem expedições que inclui guias e hospedagem.
Apesar de não ser tradicional na culinária brasileira, a carne do Pirarara é apreciada em comunidades locais. Chefs de alta gastronomia começam a explorar seu potencial, criando pratos como filé de Pirarara ao molho de taperebá.
Paraíso em risco?
Apesar do entusiasmo, ambientalistas reforçam a importância do turismo consciente. A Amazônia não é um parque de diversões. Cada expedição deve respeitar normas e apoiar comunidades locais.
O Pirarara simboliza a riqueza da biodiversidade amazônica e virou ícone de uma pesca esportiva que alia adrenalina e preservação. Enquanto celebridades ampliam seu charme, o desafio é garantir que a fama não ameace sua existência – afinal, esse gigante vermelho é mais que um troféu: é um guardião das águas.
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