Enquanto setores tradicionais enfrentam turbulências, a piscicultura no Brasil emerge como um propulsor de crescimento econômico e sustentável. O setor movimentou bilhões de reais e consolidou o país como um dos maiores produtores de pescado do mundo. Em 2024, a produção de peixes atingiu 968.745 toneladas, representando um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior.
José Miguel Saud, especialista na criação de tambaqui, pintado e pirarucu, destaca o potencial dessas espécies tanto para o mercado quanto para a sustentabilidade alimentar global. A piscicultura brasileira tem demonstrado um crescimento notável, impulsionado principalmente pela produção de tilápia. Em 2024, a produção de tilápia alcançou 662.230 toneladas, um aumento de 14,36% em relação ao ano anterior.
“O peixe é a proteína do futuro. Ele consome menos recursos naturais, tem um ciclo produtivo mais rápido e gera menos impacto ambiental do que outras formas de produção animal”, afirma José Miguel Saud, ressaltando que a produção de pescado consome menos recursos naturais, tem um ciclo produtivo mais rápido e gera menor impacto ambiental em comparação com outras formas de produção animal.
Sustentabilidade
A piscicultura bem manejada contribui para a preservação de estoques naturais e para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. Contrastando com a pesca predatória, que ameaça ecossistemas inteiros. Além disso, sistemas de recirculação de água e o aproveitamento de resíduos tornam a piscicultura uma das formas mais sustentáveis de produção animal, reduzindo a contaminação dos rios e minimizando o desperdício de recursos naturais.
O setor também gera empregos diretos e indiretos em diversas regiões do Brasil, desde a produção de ração até a distribuição e comercialização do pescado. Com o avanço da tecnologia e o crescente consumo de peixe, especialistas preveem que a piscicultura se tornará uma das principais forças do agronegócio brasileiro nas próximas décadas.
“O Brasil tem tudo para se tornar uma potência mundial na produção de peixes. Mas para isso, precisamos continuar investindo em pesquisa, manejo responsável e políticas públicas que incentivem o setor”, finaliza o piscicultor.
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