Após meses de tratamento intensivo, a anta Valente, que sofreu queimaduras graves nas quatro patas durante os incêndios no Pantanal em 2024, voltou a andar. Resgatada pela ONG Onçafari, em Miranda, Mato Grosso do Sul, Valente passou por uma reabilitação rigorosa, que incluiu a cicatrização lenta e tratamentos complementares para regenerar tecidos danificados.
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Reabilitação
A equipe da Onçafari transferiu a anta Valente para um recinto maior, com um hectare de área, em janeiro. Esse espaço, portanto, oferece acesso a vegetação nativa e um grande açude, simulando seu habitat natural e facilitando sua readaptação. Sem previsão para soltura, monitores equiparão Valente com um brinco de rastreamento para acompanhar seus movimentos.
Os biólogos e veterinários destacam a evolução significativa de Valente em 2025. A equipe da Onçafari continua a monitorar sua recuperação, garantindo que ele esteja pronto para um eventual retorno ao seu habitat natural. Ou seja, a história de Valente serve como um lembrete dos impactos dos incêndios na biodiversidade do Pantanal e da importância do trabalho de reabilitação realizado por organizações como a Onçafari.
Impacto das queimadas
As queimadas e a seca extrema no Pantanal ameaçam a vida de inúmeras espécies animais. Os incêndios de 2024 criaram um cenário alarmante do bioma, causando uma redução drástica nas populações de lobos-guará, onças-pintadas e antas. Além disso, a destruição da cadeia alimentar resultou na “fome cinzenta”, que impediu animais maiores de obter alimentos essenciais.
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