Entre o final de março e o início de abril, o projeto de edição gênica da raça Angus, liderado pela Associação Brasileira de Angus e Ultrablack em parceria com a Embrapa Gado de Leite, espera o nascimento de seus primeiros cinco exemplares. O processo busca gerar animais com maior tolerância ao calor e mais resistência a doenças comuns à espécie.
O objetivo principal é produzir exemplares com características genéticas avançadas. Por exemplo, como maior tolerância ao calor e resistência ao carrapato, sem a introdução de DNA de outras espécies. Isso significa que os animais não se enquadram como transgênicos, pois as alterações genéticas podem surgir naturalmente por meio de cruzamentos.
Processo de edição gênica
O levantamento iniciou em 2024, com a seleção de reprodutores para doação de sêmen, produção e edição de embriões, seguida da transferência para receptoras. A equipe da Embrapa em Juiz de Fora (MG) conduz a pesquisa, acompanha o nascimento dos animais e realiza testes para avaliar a eficiência da edição gênica.
Todo o processo é submetido à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para validação dos procedimentos e resultados. A Associação Brasileira de Angus e Ultrablack reforça o compromisso com o respeito às normas e legislação vigentes. Essa abordagem garante que os cientistas considerem os animais como não transgênicos.
A edição gênica representa um avanço significativo no melhoramento genético da raça Angus, permitindo que os criadores tenham acesso a tecnologias de ponta. “O papel da Associação é estar na vanguarda do melhoramento genético. Oferecendo o que há de mais tecnológico para os criadores”, destaca Mateus Pivato, diretor-executivo da entidade.
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