O Ministério da Fazenda remanejou R$ 4 bilhões para fortalecer linhas de financiamento do Plano Safra 2024/25. Em geral, a medida busca atender a demanda por crédito para pequenos e médios produtores, além de impulsionar programas como Moderfrota e Pronaf Investimento.
Os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário solicitaram o ajuste para garantir recursos na reta final da atual temporada. Portanto, segundo o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais, Gilson Bittencourt, a realocação não gera custo adicional ao Tesouro Nacional.
Realocação entre instituições financeiras
O remanejamento envolveu 11 instituições financeiras, que tiveram redução nos limites de financiamento para médios e grandes produtores. Em contrapartida, Banco do Brasil, Sicredi e BNDES receberam acréscimos nos valores destinados ao setor agropecuário.
Além disso, os recursos devolvidos pelas instituições foram redistribuídos para programas prioritários. Na agricultura familiar, o Banco do Brasil, Banrisul e Credicoamo receberam reforço nos limites de financiamentos equalizados.
Reforço no financiamento para médios e grandes produtores
O Banco do Brasil recebeu R$ 1,2 bilhão para programas como Inovagro, Moderagro, RenovAgro e Pronamp Investimento. Ao mesmo tempo, apesar do aumento, teve uma redução de R$ 500 milhões no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), devido à baixa demanda.
O BNDES foi contemplado com R$ 270 milhões para o Moderfrota, que financia máquinas e equipamentos agrícolas. Já o Sicredi recebeu R$ 162,2 milhões para o custeio de médios produtores.
Entre as instituições que tiveram redução de limites estão Badesul, Banco DLL, Basa, BRB, BRDE e Credisis. No total, foram retirados R$ 1,6 bilhão e redistribuídos para outras linhas de crédito.
Mais recursos para a agricultura familiar
O Banco do Brasil ganhou R$ 2,4 bilhões para financiamentos subsidiados do Pronaf até junho. Desse montante, R$ 1,8 bilhão vai para custeio, enquanto R$ 624,4 milhões reforçam o Pronaf Investimento.
O Banrisul recebeu R$ 100 milhões, distribuídos entre Pronaf faixa 1 e faixa 2. A Credicoamo realocou R$ 650 mil para o financiamento de tratores e colheitadeiras.
Entre as instituições que tiveram reduções nos limites estão Banco John Deere, Basa, BNDES, Sicredi e Cresol. No total, foram redistribuídos R$ 2,53 bilhões dentro do segmento da agricultura familiar.
Com o remanejamento, o governo busca otimizar a distribuição de recursos e garantir maior acesso ao crédito para o setor agropecuário.
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