Um jacaré de grandes proporções foi avistado próximo à ponte do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), nesta semana, causando alarme entre moradores. Especialistas apontam que o aumento do nível do rio, devido às chuvas intensas, pode estar levando esses répteis a se deslocarem para zonas habitadas. Autoridades alertam: mantenha distância e evite aproximação.
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O animal, identificado como um jacaré-açu (Melanosuchus niger) – espécie que pode ultrapassar 5 metros de comprimento –, foi flagrado em águas rasas nas margens urbanas do Rio Madeira. Registros de aparições semelhantes têm aumentado nos últimos dias, coincidindo com a cheia histórica do rio, que já subiu mais de 15 metros neste período.
De acordo com biólogos, a cheia do Rio Madeira altera o comportamento da fauna local: jacarés são forçados a buscar novas áreas para alimentação e refúgio, muitas vezes adentrando regiões urbanas. A destruição de habitats naturais, somada a eventos climáticos extremos, agrava o conflito entre humanos e animais silvestres.
Sobre o jacaré-açu:
- Nome científico: Melanosuchus niger.
- Características: Maior predador aquático da Amazônia, com mandíbulas potentes e hábitos noturnos.
- Dieta: Alimenta-se de peixes, aves e, ocasionalmente, mamíferos.
- Risco de extinção: Considerado vulnerável devido à caça ilegal (por sua pele) e perda de habitat.
Alerta das autoridades
A Defesa Civil de Rondônia e o IBAMA emitiram orientações à população:
- Não se aproxime do animal, mesmo que pareça inofensivo.
- Evite alimentá-lo – isso pode incentivá-lo a permanecer na região.
- Acione imediatamente a equipe de resgate de fauna pelo telefone: 0800 061 8080.
A cheia do Rio Madeira, associada ao regime de chuvas intensas na Amazônia, tem afetado mais de 3 mil famílias em Porto Velho. Além de jacarés, há relatos de cobras, capivaras e até onças-pardas em zonas residenciais.
Curiosidade:
O jacaré-açu é um “fóssil vivo”, com registros fósseis de mais de 8 milhões de anos. Sua presença é crucial para o equilíbrio ecológico, controlando populações de peixes e evitendo a proliferação de espécies invasoras.
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