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Cigarrinha-das-raízes preocupa setor sucroenergético

Henrique RodartePor Henrique Rodarte09/04/2025
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Cigarrinha das raízes
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A cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) desponta como uma das maiores ameaças à produção de cana-de-açúcar no Brasil. Com potencial para causar prejuízos expressivos tanto no campo quanto na indústria, a praga agora é apontada também como vetor da escaldadura das folhas — doença bacteriana que compromete a sanidade dos canaviais e agrava ainda mais o cenário.

Segundo a consultoria DATAGRO, a estimativa para a safra 2025/26 no Centro-Sul do Brasil é de 612 milhões de toneladas de cana processadas, o que representa uma redução de 1,4% em relação ao ciclo anterior. Parte dessa queda é atribuída a fatores climáticos e incêndios. Contudo, pesquisadores alertam que a incidência de pragas, especialmente a cigarrinha-das-raízes, pode afetar ainda mais o desempenho do setor nos próximos anos.

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Condições favorecem proliferação da praga

De acordo com a pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda, do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), mesmo com a recente queda populacional da cigarrinha devido ao clima seco, o risco permanece elevado. A especialista explica que o manejo atual dos canaviais, com colheita mecanizada e sem queima, deixa grande quantidade de palha no solo, criando um ambiente úmido propício à proliferação da praga. Além disso, algumas variedades de cana são mais suscetíveis ao ataque do inseto.

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“As ninfas atacam o sistema radicular e os adultos sugam a seiva das folhas, injetando toxinas que causam o amarelecimento e a seca da planta. O resultado é a perda de qualidade, com menor teor de sacarose e aumento da fibra, dificultando o processo industrial de extração”, explica Leila.

Com o colmo seco, microfissuras favorecem a entrada de fungos e bactérias, podendo causar podridão vermelha e comprometer os processos fabris, inclusive com contaminação durante a produção de açúcar e etanol.

Impacto econômico é significativo

O engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Marcos Vilhena, destaca o impacto econômico da praga. Segundo ele, o controle inadequado da cigarrinha pode reduzir em até 50% o TCH (toneladas de cana por hectare). “Em regiões como Ribeirão Preto, onde a produtividade média chega a 130 toneladas por hectare, a perda pode representar R$ 4.500 por hectare, considerando o preço médio de R$ 150 por tonelada”, alerta.

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Escaldadura das folhas agrava cenário

A relação entre a cigarrinha e a escaldadura das folhas — causada pela bactéria Xanthomonas albilineans — adiciona um novo desafio à cadeia produtiva. Embora a doença seja conhecida desde 1940, seu avanço recente está associado à mecanização da colheita e ao transporte de mudas contaminadas.

Estudos conduzidos pelo IAC confirmam que a cigarrinha-das-raízes atua como vetor da bactéria, o que reforça a necessidade de estratégias integradas de controle. O uso de mudas sadias, monitoramento constante e boas práticas agrícolas tornam-se ainda mais importantes para mitigar os danos.

Manejo com tecnologias modernas é essencial

Para conter o avanço da cigarrinha-das-raízes, especialistas defendem o uso de tecnologias modernas aliadas ao manejo sustentável. A rotação de ingredientes ativos nos inseticidas é uma das práticas recomendadas para evitar o desenvolvimento de resistência.

A IHARA, por exemplo, investe em produtos com diferentes modos de ação, como o Maxsan, que combina moléculas com efeito ovicida e ação sobre ninfas. “Essa formulação, exclusiva no Brasil, atua de forma sistêmica e translaminar, garantindo absorção rápida e controle eficiente por contato e ingestão”, explica Vilhena.

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Além disso, novas soluções vêm sendo incorporadas ao portfólio da empresa. Entre elas, destacam-se o Terminus, autorizado para aplicação aérea e eficaz contra a cigarrinha, e o Zeus, indicado para o controle do Sphenophorus levis, o bicudo-da-cana, outro inimigo do canavial.

Sustentabilidade e inovação são caminho para o futuro

O setor de defensivos agrícolas tem buscado alternativas mais sustentáveis e seguras. “Os produtos modernos apresentam menor impacto ambiental e exigem dosagens menores, mantendo a eficácia. A adoção dessas tecnologias é fundamental para a produtividade dos canaviais e para a sustentabilidade do setor sucroenergético”, afirma Leila Dinardo-Miranda.

Com a intensificação das pesquisas e o desenvolvimento de soluções inovadoras, o setor busca equilibrar produtividade e preservação ambiental. O enfrentamento da cigarrinha-das-raízes, agora associada à escaldadura das folhas, exige ação coordenada, conhecimento técnico e investimentos contínuos para proteger uma das cadeias produtivas mais importantes do agronegócio brasileiro.

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