A demanda por cacau segue forte na Europa e pressiona os preços na Bolsa de Nova York. Nesta quinta-feira (17), os contratos para julho subiram 3,61%, alcançando US$ 8.295 por tonelada.
Produção do cacau em queda
Apesar de uma leve queda no processamento, o consumo europeu continua aquecido. Segundo a Associação Europeia do Cacau (ECA), a moagem no primeiro trimestre totalizou 353,52 mil toneladas. O volume representa um recuo de apenas 0,96% frente ao mesmo período de 2023. Em geral, esse desempenho abaixo do esperado aumenta as incertezas no mercado global. Ao mesmo tempo, a recuperação da oferta para esta safra ainda parece distante. A safra intermediária na Costa do Marfim deve ser menor que a do ano anterior. Portanto, mesmo com recuo em relação ao pico de US$ 12,5 mil por tonelada, os preços seguem altos.
Café recua após cinco sessões de alta
Depois de cinco altas seguidas, o café arábica registrou queda nesta quinta-feira. Em geral, os contratos para julho recuaram 1,81%, cotados a US$ 3,7380 por libra-peso.
Apesar da correção, o mercado mantém viés altista. Ou seja, a projeção de uma safra menor no Brasil, principal exportador mundial, sustenta os preços.
Suco de laranja interrompe sequência positiva
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) também apresentou queda. Os contratos para maio caíram 4,54%, cotados a US$ 3,04 por libra-peso. Portanto, o recuo encerra uma série de sete altas consecutivas registradas na bolsa de Nova York.
Açúcar sobe com preocupação sobre oferta global
As cotações do açúcar subiram 0,51% nesta quinta-feira, com contratos para julho fechando a 17,81 centavos de dólar por libra-peso.
O movimento foi impulsionado por estimativas menores para a produção brasileira. A Conab prevê colheita de 44,1 milhões de toneladas em 2024/25, queda de 3,4% em relação à safra anterior.
Algodão registra leve alta em Nova York
Os contratos futuros de algodão com vencimento em julho subiram 1,15% nesta sessão. O preço atingiu 67,13 centavos de dólar por libra-peso.
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