O amor estava no ar na Área de Proteção Ambiental (APA) Macaé de Cima, mas não da forma que os humanos costumam imaginar. Nesta semana, a equipe de resgate ambiental recebeu um chamado inusitado: duas cobras dentro de uma residência. Ao chegarem ao local, a surpresa foi grande — um casal de caninanas (Spilotes pullatus) estava em pleno ritual de acasalamento.
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As serpentes, conhecidas por seu comportamento ágil e não venenoso, foram resgatadas com sucesso pela equipe de prontidão, que contou com a participação da guarda-parque Izenita Brum. Apesar de terem interrompido um momento íntimo do casal, a ação garantiu a segurança dos animais e dos moradores.
O resgate do casal de serpentes
As caninanas, comumente encontradas em regiões de Mata Atlântica, são serpentes de hábitos diurnos e excelentes escaladoras. Apesar de assustarem algumas pessoas por seu tamanho — podendo chegar a 2,5 metros —, são inofensivas e importantes para o equilíbrio ecológico, ajudando no controle de roedores.
Segundo a guarda-parque Izenita Brum, o resgate foi realizado com cuidado para não estressar os animais. “Elas estavam tranquilas, mas nosso papel é garantir que tanto os bichos quanto os humanos fiquem seguros”, explicou. Após a captura, o casal foi solto em seu habitat natural, sem nenhum ferimento.
Por que as cobras entram em residências?
Especialistas explicam que, nesta época do ano, é comum encontrar serpentes em áreas urbanas próximas a florestas. O aumento da temperatura e a busca por parceiros para reprodução fazem com que esses animais se movimentem mais. Além disso, a presença de roedores em casas pode atraí-las.
O que fazer ao encontrar uma serpente?
- Mantenha a calma: a maioria das cobras no Brasil não é venenosa.
- Não tente capturar: evite aproximação e contato.
- Acione profissionais: chame a equipe ambiental local ou o Corpo de Bombeiros (193).
A APA Macaé de Cima, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, é um importante reduto de biodiversidade. Casos como esse reforçam a necessidade de conscientização sobre a convivência harmoniosa entre humanos e animais silvestres.
E assim, o casal de caninanas teve seu “felizes para sempre” — longe das casas, mas em segurança na natureza.
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