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Bezerros geneticamente editados nascem no Brasil

Marco inédito para a pecuária nacional
Henrique RodartePor Henrique Rodarte14/05/2025
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Foto: Rubens Neiva / Embrapa
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Pela primeira vez no Brasil e na América Latina, nasceram bezerros geneticamente editados a partir de embriões fecundados in vitro. A Embrapa, em parceria com a Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, anunciou o avanço histórico para a bovinocultura nacional. O projeto visa desenvolver bovinos mais resilientes às altas temperaturas e às mudanças climáticas, utilizando a tecnologia de edição genética CRISPR/Cas9.

Entre o fim de março e o início de abril, cinco bezerros da raça Angus nasceram, e os primeiros resultados indicam sucesso na edição genética em pelo menos dois deles. O sequenciamento genético realizado pela Embrapa Gado de Leite (MG) confirmou que os animais carregam a característica desejada: pelos curtos e lisos, que proporcionam maior resiliência ao calor. Segundo o pesquisador da Embrapa Luiz Sérgio de Almeida Camargo, “os resultados obtidos já são suficientes para que os animais apresentem a característica desejada”. Destacando que “dois dos bezerros editados apresentam pelos curtos e lisos, resultado de mais de 90% de edição genética nos folículos pilosos”.

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Tecnologia CRISPR/Cas9: a tesoura genética

A edição foi realizada com a técnica CRISPR/Cas9, chamada de “melhoramento genético de precisão”. Camargo explica que “o CRISPR/Cas9 funciona como uma espécie de tesoura genética, capaz de editar sequências no DNA de maneira precisa, e que pode ser usada para melhorar a saúde e o bem-estar animal bem como promover características de interesse econômico”. Essa tecnologia permite introduzir mutações benéficas diretamente nos embriões, evitando cruzamentos tradicionais que levariam gerações para fixar as características desejadas.

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Eletroporação de zigotos: método inovador e eficiente

Pesquisadores aplicaram a edição genética em embriões utilizando a eletroporação de zigotos, processo que usa pulsos elétricos de curta duração para abrir temporariamente a membrana do zigoto e permitir a entrada das moléculas responsáveis pela edição. Camargo destaca que “essa técnica é considerada menos invasiva e mais prática do que outros métodos tradicionais usados para edição gênica”. E que os estudos conduzidos pela Embrapa indicam que ela pode ser “mais eficiente e menos custosa”.

Pesquisas prosseguem para avaliar transmissão da característica para futuras gerações de Angus e outras raças bovinas.

O objetivo da pesquisa é que os bovinos Angus sofram menos com o estresse térmico, resultando em melhor bem-estar e maior produtividade. Camargo reforça: “A capacidade de resistir melhor ao calor traz ganhos diretos para o bem-estar dos animais e também para a produtividade, beneficiando os produtores”. A adaptação ao clima tropical é cada vez mais necessária diante dos cenários de aquecimento global.

Parcerias e futuro da pesquisa

O nascimento dos bezerros geneticamente editados é fruto de uma ampla parceria entre Embrapa, Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, CNPq, Fapemig, Sebrae e Casa Branca Agropastoril. As pesquisas envolvem equipes das unidades Embrapa Gado de Leite (MG), Gado de Corte (MS) e Pecuária Sul (RS), com foco no desenvolvimento de novos animais e na avaliação da transmissão das características para futuras gerações.

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As próximas etapas incluem o acompanhamento do crescimento dos animais, avaliação de sua performance produtiva e reprodutiva e estudo da hereditariedade das edições no genoma. Com a comprovação da transmissão genética, a tecnologia poderá se disseminar naturalmente nos rebanhos, acelerando a adaptação ao clima tropical.

Reconhecimento dos líderes do setor

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, Mateus Pivato, comemora o avanço: “Trata-se de um projeto que coloca a pecuária brasileira na vanguarda da inovação genética. Estamos investindo em um futuro mais sustentável, com animais de alta qualidade que suportam melhor os desafios climáticos do País”. Ele ressalta ainda que “o mercado consumidor valoriza cada vez mais práticas que combinam produtividade com respeito ao bem-estar animal”.

Para o presidente da Associação, José Paulo Cairoli, “gerar os primeiros animais melhorados via edição gênica é um marco na história da pecuária brasileira. E estamos muito felizes em poder protagonizar esse ineditismo”. Cairoli destaca que “todo passo dado pela Associação, nessa parceria tão importante com a Embrapa, demonstra o esforço que a entidade faz para valorizar a raça e quem aposta nela”.

Com esse avanço, a pecuária brasileira dá um passo decisivo rumo ao futuro. Combinando inovação genética, sustentabilidade e qualidade produtiva para enfrentar os desafios climáticos e atender às demandas do mercado nacional e internacional.

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Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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