A produção brasileira de carne bovina continua em alta, mas as exportações avançam em ritmo ainda mais forte. Pesquisadores do Cepea destacam que a demanda internacional segue puxando o mercado. Segundo o IBGE, a produção nacional aumentou 2,73% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Nesse mesmo intervalo, as exportações subiram quase 12%, conforme dados da Secex. Em geral, o Brasil embarcou 70,9 mil toneladas a mais de carne bovina em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Já a produção doméstica teve acréscimo de 64,9 mil toneladas. Os preços do boi gordo e da carne no atacado confirmam essa tendência de crescimento. O Indicador do Boi Gordo CEPEA/ESALQ, referente ao estado de São Paulo, subiu 22% em termos reais, considerando o IGP-DI. Além disso, a carcaça casada bovina no atacado da Grande São Paulo registrou valorização de 23,8%, segundo levantamento do Cepea.
Exportações de carne suína rendem R$ 1,73 bilhão em abril
As exportações brasileiras de carne suína geraram R$ 1,73 bilhão em abril, segundo maior valor desde 1997. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, indicam que o Brasil embarcou 127,8 mil toneladas de carne suína no mês. O resultado inclui produtos in natura e processados. O volume representa alta de 11,4% frente a março e de 14,5% em relação a abril de 2024. O montante financeiro cresceu 9,3% ante o mês anterior e 40% na comparação anual.
Abril de 2025 registrou o recorde de exportação para o mês e o terceiro maior da série histórica da Secex. No mercado interno, a oferta de carne suína se mantém equilibrada com a demanda na maioria das regiões monitoradas. Agentes consultados pelo Cepea relatam que a procura está firme, mas sem aquecimento típico do início do mês. Nesse cenário, os preços do suíno vivo e da carne seguem praticamente estáveis.
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