A surucucu-pico-de-jaca é uma espécie solitária, de hábitos crepusculares e noturnos, encontrada em florestas densas da América Central e América do Sul, incluindo a Amazônia e remanescentes da Mata Atlântica no Brasil. Com comprimento que pode ultrapassar três metros, ela é considerada a maior cobra peçonhenta das Américas, sendo superada em tamanho apenas pela cobra-rei asiática.
Mas porque ela tem esse nome? Por gostar de jaca? O vídeo publicado por Gabriel Souza, conhecido no Instagram como @gabrielnucleo, esclarece um dos maiores mitos sobre a surucucu-pico-de-jaca. Gabriel, que é referência em conteúdo sobre serpentes e atua como co-CEO do Serpentário NSG, utiliza sua plataforma para desmistificar informações e promover o conhecimento sobre a fauna silvestre brasileira.
Ver essa foto no Instagram
No conteúdo, Gabriel explica que o nome popular “pico de jaca” não tem relação com cheiro ou alimentação da serpente, como muitos acreditam. A surucucu, cujo nome científico é Lachesis muta, não se alimenta de jaca, pois é uma espécie carnívora, predadora de pequenos e médios mamíferos, como roedores, cutias e esquilos. O termo “pico de jaca” faz referência direta ao aspecto das escamas da serpente adulta. Elas apresentam textura pontiaguda e áspera, muito semelhante à casca da fruta jaca. Essa característica visual é tão marcante que inspirou o nome popular da espécie, reforçando a relação entre a natureza e a cultura local.
Estratégia de caça
Gabriel também destaca em seu vídeo que a surucucu costuma ser encontrada sob árvores frutíferas, não apenas jaqueiras. Essa estratégia faz parte de seu comportamento de predação: a serpente aguarda pacientemente a queda dos frutos, atraindo roedores e outros pequenos animais, que se tornam suas presas. Assim, a surucucu integra de forma eficiente a cadeia alimentar das florestas tropicais brasileiras, mostrando a complexidade do ecossistema onde vive.
Além de compartilhar conhecimento científico, Gabriel Nogueira G. Souza utiliza sua experiência como resgatista de fauna silvestre e instrutor para polícias e bombeiros, ampliando o alcance de informações confiáveis sobre serpentes e contribuindo para a conservação desses animais muitas vezes incompreendidos. Portanto, sua atuação nas redes sociais é fundamental para combater mitos e promover o respeito à biodiversidade brasileira.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Coffee Dinner & Summit: StoneX abordará incertezas no fornecimento global de café
+ Agro em Campo: Festa do Vinho une cultura e gastronomia