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Artigo: cibersegurança no campo

Como o agronegócio pode se proteger em meio à nova era
Marcelo BranquinhoPor Marcelo Branquinho16/05/2025
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A transformação digital tem revolucionado o agronegócio brasileiro, impulsionando o setor rumo a uma nova era marcada por automação, conectividade e inteligência de dados. Com o avanço da chamada Agricultura 4.0, propriedades rurais têm adotado tecnologias, como sensores de solo, drones, softwares de gestão agrícola, inteligência artificial e dispositivos de Internet das Coisas (IoT), para otimizar processos, reduzir custos e tomar decisões mais estratégicas. Esse movimento tem dado origem às chamadas “fazendas inteligentes”. São  operações agrícolas altamente tecnológicas. E capazes de monitorar em tempo real cada etapa da produção, desde o preparo do solo até a colheita e a logística de distribuição.

Ao permitir o monitoramento preciso de variáveis, como clima, umidade do solo, desempenho de máquinas e ocorrência de pragas, a Agricultura 4.0 melhora significativamente a produtividade e a sustentabilidade da atividade agropecuária. Dados coletados por sensores são analisados por algoritmos de inteligência artificial que sugerem ações para antecipar riscos e aumentar os rendimentos. Máquinas autônomas realizam tarefas com maior precisão, e os gestores conseguem visualizar todas as operações da fazenda em painéis integrados na nuvem. No entanto, toda essa digitalização também acarreta um novo desafio silencioso, mas crítico: ameaças digitais.

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Pensar em cibersegurança é questão vital para produtores.

Com o aumento da conectividade no campo, o agronegócio passou a lidar com grandes volumes de dados sensíveis, como informações sobre safras, contratos comerciais, estoques, logística e dados financeiros. Ativos digitais que hoje se tornaram alvos valiosos para criminosos cibernéticos, e os ataques virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados. Sistemas de irrigação automatizada, softwares de gestão de fazendas e plataformas de exportação podem ser“invadidos”, paralisando operações inteiras e gerando prejuízos milionários.

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Ataques ao setor

Nos últimos anos, o Brasil assistiu a casos reais de ciberataques contra importantes nomes do setor. Em 2023, o Grupo Scheffer, grande produtor agrícola do Mato Grosso, teve suas operações afetadas por um ataque de ransomware que paralisou sistemas logísticos e de produção. A suspeita recai sobre uma variante do grupo criminoso LockBit, conhecido por ataques complexos e pedidos de resgate milionários. No ano seguinte, a multinacional Amaggi sofreu um vazamento de dados internos, supostamente obtidos por acesso indevido a seus sistemas corporativos. Documentos estratégicos e informações de compliance teriam sido expostos em fóruns da dark web. Já a tradicional cooperativa Coplacana enfrentou, também em 2023, um incidente que afetou os serviços digitais oferecidos a seus cooperados. A origem do ataque foi a exploração de vulnerabilidades em servidores mal protegidos, o que gerou a interrupção de sistemas e exigiu um esforço manual de recuperação.

Esses episódios ilustram como a nova era da cibersegurança, se não acompanhada de medidas adequadas de proteção, pode representar uma ameaça para o próprio funcionamento do agronegócio. Muitos produtores, principalmente de pequeno e médio porte, ainda não possuem políticas estruturadas de segurança da informação, o que os torna alvos fáceis para ataques virtuais. Em um setor que movimenta bilhões e tem papel vital na segurança alimentar do país e do mundo, a fragilidade digital pode ter efeitos profundos e duradouros.

Mudança de mentalidade e cibersegurança

Por isso, proteger o ambiente digital das fazendas inteligentes exige mais do que ferramentas técnicas; requer uma mudança de mentalidade. É preciso investir em firewalls, backups periódicos, autenticação de múltiplos fatores e atualizações constantes de sistemas. Mas, sobretudo, é necessário promover a capacitação das equipes. Criando uma cultura de segurança digital que envolva todos os níveis da operação, desde os gestores até os colaboradores no campo. A proteção contra ameaças cibernéticas deve ser encarada com a mesma seriedade que se dedica à escolha de sementes, à manutenção de máquinas ou ao planejamento de uma safra.

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A Agricultura 4.0 veio para ficar e seu potencial de transformação é imenso, tornando o agro mais eficiente, sustentável e competitivo. No entanto, para que esse futuro digital se concretize plenamente, o setor precisa encarar a cibersegurança como mais um pilar estratégico. As fazendas do futuro já estão conectadas, agora, precisam estar também protegidas.

*Marcelo Branquinho é CEO e fundador da TI Safe, uma empresa especializada em segurança cibernética para infraestruturas críticas. Graduado em Engenharia Elétrica, especialista em segurança de sistemas SCADA e membro da International Society of Automation (ISA).

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente a opinião do Agro em Campo e de seus editores.

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