A pesca esportiva vive um momento de grande expansão no Brasil, conquistando cada vez mais adeptos. Além disso, movimenta uma cadeia econômica que vai do turismo à produção de equipamentos especializados. A prática une lazer, contato com a natureza e respeito ao meio ambiente. E tem ganhado destaque nas redes sociais com vídeos impressionantes de capturas de grandes peixes, como o tucunaré e o pintado – verdadeiros “monstros” das águas brasileiras.
A beleza da pesca esportiva é que seus praticantes, depois da batalha para fisgar os peixes, fazem suas fotos e vídeos, e devolvem o especime para o rio.
Tucunaré: o troféu dos pescadores esportivos
O tucunaré (Cichla spp.) é um dos peixes mais cobiçados pelos praticantes da pesca esportiva no país. Nativo das bacias Amazônica e Tocantins-Araguaia, o tucunaré se destaca pelo porte robusto, cores vibrantes e, principalmente, pela força e agressividade na briga com o pescador. Não é raro encontrar registros de tucunarés com mais de 70 centímetros e peso superior a 10 quilos, o que faz do peixe um verdadeiro troféu. Além disso, sua pesca é famosa pelo espetáculo dos saltos e pela resistência, proporcionando momentos de pura adrenalina.
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Pintado: gigante dos rios brasileiros
Outro destaque da pesca esportiva nacional é o pintado (Pseudoplatystoma corruscans), conhecido também como surubim. Esse peixe de couro é típico das bacias do Rio Paraná, São Francisco e Pantanal. E pode ultrapassar 1,5 metro de comprimento e pesar mais de 60 quilos. O pintado impressiona não apenas pelo tamanho, mas também pela força, exigindo habilidade e preparo dos pescadores. Sua captura é motivo de orgulho e costuma render belas fotos e vídeos, que circulam entre entusiastas da modalidade.
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Pesca esportiva: lazer, turismo e sustentabilidade
O crescimento da pesca esportiva no Brasil se reflete em números expressivos. Segundo dados do Ministério do Turismo, o segmento movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano. Além disso, atrai turistas nacionais e estrangeiros para regiões como o Pantanal, a Amazônia, o Cerrado e o litoral. A prática incentiva o desenvolvimento econômico local, gera empregos e estimula a conservação ambiental, já que o princípio do “pesque e solte” (catch and release) é amplamente adotado. Após a captura, os pescadores registram o momento e devolvem o peixe ao rio, contribuindo para a preservação das espécies e dos ecossistemas aquáticos.
A pesca esportiva também promove a educação ambiental e o respeito à legislação. Com leis que determinam tamanhos mínimos e períodos de defeso para proteger a reprodução dos peixes. Eventos, torneios e expedições especializadas ajudam a consolidar a atividade, tornando o Brasil referência mundial no segmento.
A pesca esportiva, além de proporcionar momentos inesquecíveis e contato direto com a natureza, destaca o potencial dos rios brasileiros e a riqueza de espécies como o tucunaré e o pintado. Com práticas responsáveis e sustentáveis, o setor segue crescendo e mostrando que é possível unir emoção, turismo e conservação ambiental.
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