O Ministério da Agricultura rastreou o destino dos ovos férteis da granja com foco de gripe aviária em Montenegro (RS). Além do Rio Grande do Sul, os ovos foram enviados a Minas Gerais e Paraná.
O governo mineiro já descartou 450 toneladas de ovos. O Paraná e o próprio Rio Grande do Sul também receberam lotes da granja contaminada.
O Ministério da Agricultura e Pecuária orientou os estados a seguir o plano de contingência. A medida inclui a destruição dos ovos para evitar qualquer risco sanitário. A pasta reforçou que não há comprovação de contaminação dos ovos pelo vírus da gripe aviária. Ainda assim, o governo adota ações preventivas para proteger a avicultura nacional. Os ovos férteis são usados na reprodução de aves e não destinados ao consumo humano.
Negociação com outros países
Ao mesmo tempo, o Mapa afirmou que atua na negociação de acordos sanitários com países importadores. O objetivo é garantir que esses países reconheçam o princípio da regionalização. Esse princípio, defendido pela OMSA, restringe a exportação a 10 quilômetros do foco. No entanto, cada país adota uma forma diferente de aplicar a regionalização. Alguns consideram o município. Outros, o estado inteiro.
O Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo. Com dimensões continentais, o país reforça a importância da regionalização.
Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Filipinas já reconhecem esse princípio. China e União Europeia, no entanto, exigem restrição nacional em casos de foco. Assim, as exportações brasileiras seguem os acordos firmados com esses parceiros.
O Ministério agradeceu a confiança no sistema sanitário nacional. Também colocou à disposição seu corpo técnico para prestar esclarecimentos. Não há, portanto, restrição geral às exportações de aves do Rio Grande do Sul.
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